Prazo termina e comissão técnica de Caixinha toma decisão radical contra o Santos
Treinador e seus auxiliares têm R$ 15 milhões para receber do Peixe pela demissão, no mês passado

O prazo para que o Santos pagasse a multa rescisória à comissão técnica de Pedro Caixinha chegou ao fim nesta sexta-feira (2) sem um acordo entre as partes. Assim, o treinador e seus assistentes, representados por um escritório jurídico português, não perderam tempo e, de acordo com o apurado pela Trivela, submeteram uma ação na FIFA já na manhã deste sábado (3).
Pedro Caixinha e os auxiliares Pedro Malta e José Pratas, o preparador físico Guilherme Gomes e o preparador de goleiros José Belman cobram R$ 15 milhões do Peixe pela rescisão contratual, consumada no último dia 14 de abril.
O valor e a data limite para o pagamento estavam definidos em contrato assinado pelo clube e os profissionais portugueses. Sem dinheiro em caixa para indenizar a comissão técnica, o Santos tentou um parcelamento que não foi aceito por Caixinha e seus assistentes.
O Santos Futebol Clube informa que o técnico Pedro Caixinha não comanda mais o time profissional. Junto com ele deixam o Clube os auxiliares técnicos Pedro Malta e José Pratas, o preparador físico Guilherme Gomes e o preparador de goleiros José Belman. O auxiliar técnico César… pic.twitter.com/qaAoMMheI5
— Santos FC (@SantosFC) April 14, 2025
O que pode acontecer com o Santos?
A partir de agora, o Santos tem três opções:
- Efetuar o pagamento conforme o combinado em contrato
- Apresentar uma proposta de parcelamento que convença os portugueses
- Esperar um posicionamento da FIFA sobre o imbróglio
Caso escolha aguardar a decisão da entidade que administra o futebol mundial, o Peixe corre sério risco de ser punido com transfer ban (proibição de contratar novos jogadores) até que o pagamento seja feito aos portugueses.
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Santos viveu situação parecida em 2024
O Alvinegro viveu situação parecida com o técnico argentino Fábian Bustos. Contratado em 2022 pelo ex-presidente Andres Rueda, o treinador foi demitido meses mais tarde e recorreu à FIFA para receber, à vista, uma dívida de R$ 6 milhões. Os valores eram referentes ao tempo de contrato que o treinador ainda tinha a cumprir após a demissão.

No início de 2024, a entidade proibiu o Peixe de fazer contratações até Bustos ser indenizado. O pagamento foi feito pelo clube, já com Marcelo Teixeira na presidência, que, à época, conseguiu um desconto de R$ 1,3 milhão e depositou o montante de R$ 4,7 milhões em parcela única na conta do argentino.
Santos teve conversa cordial com Caixinha?
Nesta sexta-feira (2), o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, em entrevista ao UOL, afirmou que o treinador português tinha lhe enviado uma mensagem cordial, na quinta-feira (1º), em busca de um acordo.
Mas pessoas próximas a Caixinha procuradas pela Trivela garantiram, na sexta-feira, que o técnico não procurou o mandatário e que o mesmo, assim como os demais membros da sua comissão, permanecia à espera de um posicionamento do Santos até o fim do dia, que era quando se encerra o prazo.
Sem qualquer contato, os portugueses foram em busca dos seus direitos.
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Valor e prazo para o Santos estão em contrato
O posicionamento de Caixinha e seus aliados é de que todas as partes, justamente para não ter problemas em caso de demissão, incluíram no contrato da comissão técnica uma cláusula em que está explícito o valor e o prazo para que o pagamento fosse efetuado diante de um desligamento.
Baseado nisso, eles seguiram irredutíveis, pois entendiam que, entre o dia 14 de abril e 2 de maio, houve um puro e injustificado descumprimento do contrato por parte do Santos.
O Santos foi devidamente procurado pela Trivela e a matéria será atualizada caso o clube se manifeste.