Brasil

Recém-chegado, Gonzalo Plata já sabe quem são as vozes ativas no vestiário do Flamengo

Atacante equatoriano falou das primeiras resenhas com David Luiz e Arrascaeta durante a apresentação, no Ninho do Urubu

Último reforço do Flamengo da janela de transferências a ser apresentado oficialmente, Gonzalo Plata chegou cheio de sorrisos. Assim como Alcaraz, o equatoriano citou a estrutura e o projeto do clube como um atrativo, além da sua enorme torcida. Mais importante que isso, contudo, foi o apoio dos companheiros.

Plata participou de quatro atividades junto ao elenco do Flamengo, mas já sabe bem quem são as principais vozes do vestiário. Confortável, ele ainda revelou estar bem fisicamente e preparado para encontrar mais de 50 mil torcedores no Maracanã.

Apoio importante no início

O atacante citou que o Flamengo é muito receptivo com os novos atletas, especialmente por conta da ausência de dificuldade com a língua. Mesmo que ainda não arranhe o português, Plata tem diversos companheiros que também são de países de origem espanhola, como é o caso de Arrascaeta.

Mesmo assim, o primeiro a conversar com ele foi David Luiz. De acordo com Plata, o experiente zagueiro de 37 anos deixou ele a vontade, algo que fez a diferença para uma adaptação mais tranquila.

Encontrei com David Luiz cantando e começamos a conversar. Disse que tudo que eu precisar, posso contar com ele. Arrascaeta igualmente falou comigo. Já fiquei mais tranquilo. Sei que minha adaptação vai ser boa. É incrível estar aqui, acho que vou gostar muito de jogar aqui — disse.

É importante frisar que David Luiz, assim como Arrascaeta e Gerson, é uma das vozes mais ativas no vestiário do Flamengo. O defensor, contudo, funciona mais como um protetor e mentor dos mais jovens. O nigeriano Shola, por exemplo, contou à Trivela que o zagueiro foi o primeiro a lhe abraçar no clube. 

O Flamengo é diferente?

O novo reforço também comentou sobre a escolha de vestir a camisa do Flamengo, já que outros clubes do Brasil, como o Corinthians, também se interessaram. O resposta de Gonzalo Plata foi enfática.

— Outras equipes se interessaram, mas é muito difícil colocar na balança o que é o Flamengo e o que são as outras equipes. Fizemos o possível para estar aqui, agora estou aqui — analisou.

De fato, o projeto dos rubro-negros era superior ao de outros clubes. Com um elenco poderoso, o Flamengo é cotado como favorito em todas as competições que disputa, fora a questão da estrutura do Centro de Treinamento. No ano passado, a equipe carioca faturou mais de R$ 1 bilhão. 

Gonzalo Plata, do Flamengo
Gonzalo Plata foi apresentado nesta segunda-feira (09) (Foto: Gilvan de Souza/CRF)

E a estreia?

Com a adaptação bem encaminhada, Plata também citou que se sente bem fisicamente. Apesar disso, ele não poderá representar o Flamengo nesta quinta-feira (12), pela Copa do Brasil, por ter fechado com o clube após o fim do prazo de inscrições para as quartas de final.

A estreia, contudo, não demorará. Regularizado no BID da CBF, Gonzalo Plata quer iniciar a passagem pelo Flamengo no clássico diante do Vasco da Gama, a ser disputado neste domingo (15), no Maracanã.

— Sei que depende do técnico para que eu seja relacionado (contra o Vasco) mas me sinto confortável para estrear. Venho treinando bem. Sei que são 50, 60 mil torcedores no estádio. Estou muito ansioso para poder mostrar o meu valor — finalizou.

Veja outros pontos abordados na coletiva

Primeiras palavras
— Foi uma batalha de muito tempo, os cataris complicaram novamente. Estou no maior do Brasil, o maior do continente, isso me deu força para que eu venha aqui. A diretoria pressionou, meu estafe, minha família, todos pressionaram para que eu pudesse vir ao Brasil. O elenco é uma família, conversei com David Luiz, um campeão do mundo. Espero mais que tudo ver a torcida lotar o estádio. Tenho certeza que vou ser muito feliz aqui, vou fazer o possível.

Torcida do Flamengo
— Já vi muitos vídeos da torcida. Final de Libertadores, jogos do Brasileirão, só de ver os vídeos já me arrepiei. Quero dar conta do recado. Quando fizer um gol no Maracanã e todos gritarem, vai ser um dia muito especial para mim.

Primeira semana
— Foi incrível estar aqui. O Flamengo tem muita estrutura, a recuperação, a alimentação, a parte médica. São muitos profissionais para que eu possa aprender também. Poucos clubes tem essa estrutura.

Sobre o futebol brasileiro
— Tenho companheiros que jogam aqui no Brasil. Falei com eles quando estava muito perto do Flamengo. Sei que a intensidade é muito maior do que no Catar, que é um calendário puxado, temos que estar preparados fisicamente e mentalmente. Vi muitos vídeos sobre o Flamengo, jogadores que jogaram na minha posição. Quero seguir aprendendo para poder demonstrar.

Seleção do Equador
— Nunca falei (com a comissão técnica de Becaccece), mas sei que estou em uma excelente vitrine, é a melhor liga do continente. Eles estarão me observando, tenho certeza.

Tite
— Sou um privilegiado de ser treinado por ele. Temos conversado muito, ele tem me deixado bastante confortável para mostrar como jogo, onde me sinto mais confortável. A decisão final é dele, vou fazer o possível para ajudar o Flamengo, independente da posição.

Passagem pela Europa
— Sai muito jovem do Equador, foi difícil a experiência no Sporting, não falava português. Foi bom para aprender questões futebolísticas, mas fui melhor na Espanha, uma liga que me ajudou muito a crescer. No Catar, treinei mais para mim, crescer mais como pessoa. Sei que aqui estou no lugar certo para crescer dentro e fora de campo.

Mundial de Clubes
— É um torneio muito importante. Igualmente, agora, temos torneios mais importantes, como a Libertadores. Estamos com muita vontade de lutar com os melhores do continente, temos equipe para isso. Vai ser especial porque eu nunca joguei, é uma motivação a mais para mim.

Inspiração em Vini Jr
— Vi muito Vinícius quando estava aqui. Vejo sempre vídeos dele quando estava aqui, o que fez para ganhar a torcida aqui, para poder fazer mesmo.

Foto de Guilherme Xavier

Guilherme XavierSetorista

Jornalista formado pela PUC-Rio. Da final da Libertadores a Série A2 do Carioca. Copa do Mundo e Olimpíada na bagagem. Passou por Coluna do Fla e Lance antes de chegar à Trivela, onde apura e escreve sobre o Flamengo desde 2023.
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