Brasil

‘Foi pouco’: Placar magro contra o lanterna Audax escancara problemas no elenco do Vasco

Em coletiva, auxiliar técnico Emiliano Diaz reconheceu problemas do Vasco na vitória sobre o Audax, mas diminuiu as cobranças por reforços

Depois de três jogos sem vencer, o Vasco voltou a respirar aliviado no Campeonato Carioca com a vitória por 1 a 0 sobre o Audax, na última quinta-feira, em Manaus. Mas, apesar a importância dos três pontos para a classificação no Estadual, o placar magro contra o lanterna da competição também escancarou alguns problemas do elenco e do time do Vasco neste começo de temporada, e que já preocupam o torcedor para a sequência de 2024.

Contra o pior time da competição, que ainda nem sequer pontuou na Taça Guanabara, o Vasco entrou em campo com um time muito modificado. Ainda assim, o Cruz-Maltino foi muito superior na partida, criando muitas oportunidades de gols. Mas, a falta de pontaria dos jogadores e até mesmo a falta de qualidade do elenco, fizeram o Cruz-Maltino sair da Arena da Amazônia com a vitória magra por 1 a 0.

E o grande número de chances desperdiçadas incomodou, é claro, não só a torcida como também a comissão técnica. Depois da vitória, o auxiliar Emiliano Diaz falou sobre a partida e elogiou a solidez do time, mas reconhecer o placar aquém do esperado.

– Tivemos 26 finalizações, foi pouco (o placar). Mas é o começo, vamos seguir trabalhando. Estamos muito contentes com o grupo porque mostrou uma solidez desde o último jogo contra o Flamengo – afirmou o auxiliar Emiliano Diaz.

Em Manaus, ficaram ainda mais claros os problemas que o elenco do Vasco tem, principalmente no setor ofensivo. O próprio David, autor do gol da vitória, perdeu ao menos outras duas boas chances de marcar. Rayan, Adson, Serginho, Lucas Piton e Rossi foram outros que desperdiçaram oportunidades, mostrando como o Cruz-Maltino ainda sente falta de nomes de maior qualidade técnica no atual elenco de Ramón Diaz, principalmente pela ausência de nomes como Payet, suspenso, e Vegetti, lesionado.

David marcou o gol da vitória do Vasco, mas perdeu outras oportunidades em Manaus (Foto: Icon Sport)

Emiliano diminui tom de cobrança por reforços

Mais uma vez, o tão falado assunto sobre reforços no Vasco foi comentado em uma coletiva pós-jogo neste começo de temporada. Mas, diferente das outas vezes, nesta quinta-feira Emiliano Diaz diminuiu o tom das cobranças por reforços e ressaltou que a comissão técnica deve saber trabalhar com o que tiver em mãos.

– A gente não pode ficar aqui sempre falando o mesmo. Precisamos (de reforços), a gente falou. Mas nós que chegamos no Vasco temos que encontrar solução, o treinador tem que encontrar solução. Então, tentamos provar uma coisa, provar outra, não podemos ficar lamentando. Estou há seis meses aqui em Vasco, sabemos o duro que foi ficar na primeira divisão. Esse grupo trabalhou muito para isso, então não podemos ficar lamentando. Queremos (reforços), mas esse grupo tem mentalizado que devemos seguir trabalhando e tem que dar o melhor. O Vasco no ano passado brigou e vamos seguir brigando até o fim – afirmou Emiliano Diaz.

– O grupo tem uma mentalidade forte, venha quem venha, aconteça o que aconteça, o grupo vai seguir lutando, porque essa é a mentalidade do grupo. E, sim, eu espero que eles (reforços) possam vir – completou o auxiliar técnico.

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Festa da torcida em Manaus chamou a atenção

Depois de serem recepcionados por uma grande grupo de torcedores no Aeroporto e no hotel, o Vasco também encontrou um bom público na Arena da Amazônia para o duelo com o Audax. Foram mais de 22 mil presentes no estádio. Depois da partida, Emiliano Diaz falou sobre a emoção desse encontro com o torcedor de fora do Rio de Janeiro.

– Foi uma recepção incrível, fazia muito tempo que eu não vivia uma coisa assim, foi emocionante. Ficamos impressionados com a torcida. Sabíamos que aqui era assim. Mas uma coisa é saber e outra coisa é viver. Ficamos muito contentes. Temos que agradecer, a torcida hoje foi incrível – disse Emiliano.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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