BrasilCopa do Nordeste

Pênaltis, expulsões e muita emoção: como foi definida a final Santa Cruz x Campinense

Teve expulsões no final da partida, seis minutos de acréscimo e aquela tradicional pressão do time que está perdendo. Teve goleiro entrando nos últimos minutos só para a disputa de pênaltis. Como é tradicional na Copa do Nordeste, teve também torcidas apaixonadas nos estádios, e depois de tudo isso, em duas partidas emocionantes, a final do torneio foi definida: Santa Cruz x Campinense.

LEIA MAIS: Bola atirada pela torcida quase mudou o resultado dos pênaltis de Bragantino x Batatais

Como houve atrasado na partida entre Campinense e Sport, o primeiro time a se classificar foi o Santa Cruz. Abriu o placar com seu principal jogador, o atacante Grafite, que voltou do exterior ano passado para voltar a defender um dos primeiros clubes da sua carreira. Aproveitando falha de Robson, ele avançou, dividiu com Lomba, ganhou e colocou para dentro das redes. Com o empate no Arruda, a vitória do Santa na Fonte Nova por 1 a 0 classificava os pernambucanos para a final.

O clima começou a esquentar quando o próprio Grafite foi substituído. O árbitro deu um cartão amarelo para ele, e a comissão técnica do Bahia reclamou, alegando que ele já havia recebido uma advertência, e portanto, deveria ser expulso. O apitador, porém, negou. Houve um empurra-empurra que resultou em seis minutos de acréscimo. Nessa confusão, o técnico Milton Mendes deu uma cabeçada em um auxiliar do Bahia e foi retirado da partida.  Foi a gasolina para o jogo pegar fogo de vez. Robson e Moisés, do Bahia, e João Paulo, do Santa, ainda receberiam cartão vermelho antes do apito final, que decretou a vitória por 1 a 0 dos visitantes e o passaporte dos pernambucanos para a decisão. Nos vestiários, deu briga.

Quando terminou o jogo na Fonte Nova, ainda tínhamos 38 minutos do segundo tempo no Estádio Amigão, e uma perspectiva de disputa de pênaltis, já que o Sport vencia o Campinense por 1 a 0. E foi o que aconteceu, com um toque especial: o ídolo da torcida do Leão, o goleiro Magrão, entrou nos últimos minutos no lugar de Danilo Fernandes para aproveitar a sua capacidade de defender cobranças a 11 metros. A estratégia quase funcionou. Magrão defendeu um pênalti, mas seus companheiros foram muito menos competentes.

Primeiro, foi Renê quem isolou a bola por cima do travessão de Gledson. Luiz Antônio parou nas mãos do goleiro do Campinense, e Jonathan Goiano conseguiu superar o companheiro e chutar ainda mais alto, como se quisesse expulsar a bola do estádio Amigão. Resultado: nos pênaltis, o time paraibano, com orçamento menor que seus colegas de semifinais, fará a decisão da Copa do Nordeste contra o Santa Cruz, uma final que promete mais duas partidas eletrizantes.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo