Brasil

Reforços de Abel patinam em vice do Palmeiras Sub-20, e não escolhidos brilham

Equipe alviverde chegou a abrir 2 a 0 na primeira etapa, mas sofreu virada do São Paulo e ficou com o vice-campeonato

O Palmeiras sub-20 do técnico Lucas Andrade chegou a fazer 2 a 0 no São Paulo, em pleno MorumBis, na noite de segunda-feira (2). Mas, em vacilos pontuais, levou a virada, por 3 a 2, e deixou o campo com o vice-campeonato da Copa do Brasil da categoria.

O resultado é secundário diante da recente conquista do Campeonato Brasileiro, em 30 de setembro. Se for preciso escolher entre lamentar a derrota e comemorar a consistência da equipe, mais uma vez finalista, a escolha pelo copo cheio é óbvia.

Da forte equipe do Palmeiras, quatro jogadores estarão com o time profissional na próxima temporada, conforme já foi confirmado pelo técnico Abel Ferreira: Benedetti, Figueiredo, Luighi e Thalys.

Mas dois jogadores que não tem vaga garantida, Allan e Riquelme Fillipi, mereciam uma atenção maior por parte do técnico.

Atacantes do Palmeira Sub-20 aparecem melhor

Do quarteto que será promovido, dois integrantes se destacaram um pouco mais: Luighi e Thalys.

O primeiro já é conhecido da torcida, tendo inclusive feito um gol contra o Flamengo no Brasileirão (1 a 1). Atleta de velocidade, o atacante fez o segundo gol do Verdão na final, em jogada de escanteio.

Thalys participou mais do jogo na primeira etapa. Atacante que joga de cabeça erguida e sabe sair da área para criar — até por já ter sido meia –, o alagoano abriu o placar de pênalti, atingindo 32 gols pelo time na temporada.

Com essa marca, Thalys bateu os recordes de Vagner Love e Papagaio para se tornar o jogador de um time sub-20 do Palmeiras a fazer mais gols em uma temporada.

Thalys comemora gol contra o São Paulo na final da Copa do Brasil Sub-20
Thalys comemora gol contra o São Paulo na final da Copa do Brasil Sub-20 (Foto: Fabio Menotti/ Palmeiras/ By Canon)

Benedetti não teve noite feliz

Por outro lado, apontado como promissor por Abel há mais de um ano, o zagueiro canhoto Benedetti não fez uma boa partida. Os três gols do São Paulo aconteceram no seu setor, pela esquerda do campo.

No primeiro, é verdade que Luighi foi arrastado por Mike do São Paulo até a área do Palmeiras e não conseguiu desarmá-lo. Quando chegou a hora de Benedetti dar o bote, já era tarde, e abola sobrou para Ryan Francisco fazer o primeiro do time da casa.

Mas, no segundo gol, Benedetti foi seco na jogada e levou um corte de Ryan Francisco, que bateu por baixo de Deivid para empatar.

E, no terceiro, em que pese o lateral Arthur ter sido driblado com extrema facilidade, mais uma vez, Benedetti não conseguiu prensar o arremate tricolor que gerou o gol da virada.

Figueiredo é discreto, mas ponta e meia aparecem bem

Luighi comemora gol contra o São Paulo
Luighi comemora gol contra o São Paulo (Foto: Fabio Menoti/ Palmeiras/ By Canon)

Enfim recuperado depois de 20 meses parado, somados os tempos de recuperação de duas lesões, Figueiredo saiu do banco para entrar no lugar de Gabriel Vareta — substituído aos 15 do 2º tempo mesmo tendo entrado no intervalo.

O meia, que é um xodó de Abel Ferreira, mostrou pouco no campo molhado do MorumBis. Por outro lado, dois jogadores que não foram mencionados pelo português apareceram bem.

Allan, que vive seu último ano na base, é o tipo de jogador que o Palmeiras profissional não tem há muitos anos: meia baixinho, habilidoso, com bom chute de fora.

Exatamente o tipo de jogador que o coordenador João Paulo Sampaio disse querer formar com mais frequência no clube.

Já Riquelme Fillipi mostrou habilidade e velocidade para atacar as costas da defesa do São Paulo — tanto fazendo o facão de dentro para fora da área quanto fazendo o movimento inverso, vindo aberto da ponta.

Como Estêvão está de saída, pode ser o caso de Abel dar mais atenção ao ponta-direito que já parece pronto para ocupar tal faixa do campo — embora com características diferentes das do camisa 41 dos profissionais do Verdão.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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