Palmeiras já projeta mais de R$ 400 milhões a mais com novos contratos e super torneio – e a TV nem está na conta
Cofres do Palmeiras vão encher graças a novos contratos e participação da equipe no Mundial de Clubes
O Palmeiras está em um momento de ebulição com seus principais parceiros comerciais. Vive uma guerra fria com a Real Arenas/ WTorre, que administra o Allianz Parque. Deve anunciar nesta sexta-feira (15) quem vai ser seu fornecedor de material esportivo a partir do próximo ano. E terá um novo acordo para patrocínio-máster da camisa no fim deste ano.
Numa conta rápida, que não leva em consideração bônus e pormenores contratuais, o clube já se vê com a possibilidade de aumentar seu caixa em mais R$ 400 milhões. E tal montante nem leva em conta o novo contrato de TV que o clube assinou como membro da Libra, que vai distribuir R$ 1,2 bilhão aos clubes por temporada, entre 2025 e 2029.
Placas de Publicidade
Na última semana, o Palmeiras assinou uma reforma contratual com a Sports Hub. Para ser responsável pela comercialização das placas de publicidade do Allianz Parque, a empresa vai pagar R$ 315 milhões ao Palmeiras entre 2025 e 2029 – o que equivale a R$ 63 milhões anuais, R$ 37 milhões mais do que é pago ao Palmeiras hoje.
Fechamos parceria de R$ 315 milhões com a Sports Hub pelo direito de exploração das placas de publicidade de campo em nossos jogos como mandantes. O acordo, negociado pelo Departamento de Marketing do #MaiorCampeãoDoBrasil, será de cinco anos. Leia os detalhes em nosso site ➤… pic.twitter.com/qs5LmoJSSg
— SE Palmeiras (@Palmeiras) March 13, 2024
Material esportivo
O novo contrato de fornecimento de materiais esportivo deve dar ao Palmeiras um aumento de cerca de 25% em relação ao valor atual, que gira em torno de R$ 42 milhões, podendo assim bater perto de R$ 53 milhões.
A Puma, atual fornecedora, e a Adidas, empresa que patrocinou o Palmeiras por mais tempo ao longo de sua história, estão na briga. Sete empresas fizeram parte da concorrência.
Patrocínio-máster
No fim do ano, junto com o mandato da presidente Leila Pereira, chega ao fim o contrato da Crefisa e da FAM com o clube. As empresas que pertencem à dirigente tem a exclusividade do uniforme da equipe. E o valor vai inevitavelmente aumentar.
Com a reforma do patrocínio-máster, a projeção de incremento no orçamento é ainda maior. O UOL noticiou que a Esportes da Sorte, que hoje patrocina o time feminino por R$ 20 milhões/ano, sinalizou uma oferta de R$ 369 milhões por três anos de contrato — R$ 123 mi por ano — para o time masculino.
Hoje a Crefisa paga R$ 80 milhões fixos, com os bônus repassados para quitação da dívida com a empresa. Cumprindo todas as metas, o Palmeiras poderia chegar a R$ 120 milhões.
O Palmeiras contestou a informação do UOL, mas qualquer empresa que se aproximar do clube para a concorrência deve chegar com um montante semelhante a este.
Para fechar com o Corinthians por três anos, a VaideBet ofereceu R$ 360 milhões, por exemplo. A PixBet, apenas pelo espaço no peito da camisa do Flamengo, fechou por R$ 170 milhões por dois anos.
Com a prerrogativa de igualar qualquer proposta, Crefisa e FAM, da presidente Leila Pereira, também não terão como oferecer algo muito menor que isso. Hoje, por maior que seja a torcida alvinegra, os rivais têm valores de mercado parecidos por conta da participação do Palmeiras em torneios de mais importância, entre outros fatores.
Mundial de Clubes
Dentre as competições que o time vai jogar, a que mais salta aos olhos é o super Mundial de Clubes da Fifa, cuja recompensa pela mera participação, independentemente da colocação, é um absurdo.
De acordo com informações ainda não confirmadas pela Fifa, mas que circulam na Europa, cada uma das 32 agremiações participantes levará 50 milhões de euros para jogar o torneio – R$ 270 milhões pela cotação atual.