Crefisa, WTorre e Puma: Palmeiras vive ano eleitoral que pode mudar muito suas parcerias
No fim do ano, chegam ao fim os contratos com Puma e Crefisa, e relação com a WTorre nunca foi tão ruim
Depois de muito tempo de estabilidade, o Palmeiras vive um momento de inflexão na relação com seus principais parceiros comerciais.
Novembro pode marcar a troca de comando ou a reeleição de Leila Pereira para presidente do Palmeiras. Depois de um pleito sem grandes agitações em 2021, com a atual presidente sendo candidata única, neste ano, haverá uma candidatura de oposição. A recém-criada chapa Avante ainda estuda o nome que vai concorrer.
Com o mandato de Leila, chegam ao fim os contratos do Palmeiras com seus dois principais patrocinadores: a fornecedora de material esportivo Puma e as empresas Crefisa e FAM, de propriedade de Leila e detentoras do patrocínio-máster da camisa do time masculino.
Mas não é apenas com eles que o clube poder estar em vias de uma revolução. E o acordo com a WTorre, embora ainda tenha 20 anos de duração, vive seu pior momento desde a assinatura, em 2010.
A Real Arenas/WTorre, superficiária do Allianz Parque, vem sendo um pedaço de termoplástico derretido na chuteira do Palmeiras desde o ano passado. Com a prerrogativa de agendar eventos na data que melhor lhe couber — mediante pagamento de uma indenização — a empresa marcou nada menos que 12 jogos na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado. E sem pagar a indenização prevista em contrato, entre outros calotes.
Concorrência do uniforme acabou
A Puma e a Adidas são as principais favoritas na concorrência que envolveu quase uma dezena de empresas. O processo de apresentação de propostas já chegou ao fim, e o Palmeiras avalia as ofertas para chegar a uma conclusão possivelmente até o fim de abril.
A Trivela apurou que a Puma pintava como favorita, mas a Adidas equiparou alguns pontos no fim da semana passada.
Patrocínio promete disputa acirrada
Leila Pereira patrocina o Palmeiras desde 2015. Mas foi em 2018, e posteriormente em 2021, que a empresa chegou ao montante de R$ 81 milhões anuais fixos, com metas por conquistas que poderiam levar a premiação a R$ 120 milhões.
Acima do que era praticado no mercado quando assinado, o patrocínio já não pode ser considerado exorbitante. Corinthians, São Paulo e Flamengo, que não oferecem a exclusividade que o Verdão concede à Crefisa, arrecadam mais do que isso com seus patrocinadores-máster — também por conta da não correção monetária.
Leila já disse que abre mão do patrocínio se uma empresa saudável oferecer uma proposta mais vantajosa. Mas a Crefisa tem a prerrogativa de equiparar qualquer oferta feita ao Palmeiras. De modo que está 100% nas mãos da atual dirigente máxima do clube definir quem vai colocar sua marca na camisa alviverde em 2025.
Questão com a WTorre não mostra solução fácil no horizonte
Era nesta terça-feira (12) a previsão para conclusão da reforma do gramado do Allianz Parque. Em contato com a Trivela, a Real Arenas, braço da WTorre que administra o Allianz não passou nenhuma previsão sobre a conclusão da obra, que não será entregue conforme combinado.
A questão gramado, no entanto, é apenas um dos muitos problemas que existem na relação entre as partes. O Palmeiras cobra na Justiça o pagamento de mais de R$ 170 milhões em repasses devidos desde 2015.
Tudo definido! ⚔️
A decisão já tem data e horário, #FamíliaPalmeiras. Vamos JUNTOS em busca da classificação! 🦾#AvantiPalestra pic.twitter.com/s05wDjzcGy
— SE Palmeiras (@Palmeiras) March 11, 2024
A WTorre não nega e não paga, alegando outros problemas contratuais, cujas soluções ela quer esperar para só então pagar o que confessa que deve ao Palmeiras.
Enquanto isso, mais do que o clube, que perde receitas sistematicamente, o torcedor palmeirense e o time são quem mais sofrem, sendo mandados para a Arena Barueri em jogos importantes do clube.