Quase fora, Palmeiras sugeriu mudança no regulamento do Paulistão que o favoreceria
Abel Ferreira reclamou bastante do regulamento após 0 a 0 com o São Paulo

Para citar um clichê, se o Campeonato Paulista acabasse hoje, o Palmeiras não estaria classificado para a segunda fase do Estadual. Com 16 pontos, no entanto, estaria na zona de classificação de todos os demais grupos. Apenas no A, o do Corinthians, não seria líder.
O técnico Abel Ferreira se apegou bastante a este fato durante sua entrevista coletiva, após o empate sem gols com o São Paulo, deste domingo (16).
— A forma que os adversários cada vez mais respeitam o Palmeiras é notório. O São Paulo também. Temos que ter soluções internas para desbloquear essas situações. Eu tomei uma decisão no início do ano: nas minhas contas, estaríamos com os pontos que estamos. Em todos os grupos, os 17 pontos dariam para passar em todos os grupos.
— Não sei porque nunca ficamos de fora. Ganhamos três seguidas, não sei se temos o crédito de ficar a quarta fora. No grupo do São Paulo, estaríamos à frente. Podem dizer mal do Palmeiras, estamos acostumados a lutar contra tudo e contra todos. No grupo do São Paulo, seríamos os primeiros. Uma coisa eu sei, teremos mais tempo para treinar.
Mas regulamento do torneio vem sendo o mesmo desde 2014. O que, de certo modo, invalida as queixas de Abel, uma vez que o Palmeiras sempre acatou a regra como ele está estabelecida.
Isso não é totalmente verdade em 2025.
A Trivela apurou que o clube alviverde sugeriu no último congresso técnico que os campeões de cada grupo se juntassem aos demais quatro melhores pontuadores, independentemente da chave em que eles estejam alocados.
Anteriormente, o clube também sugerira que os oito primeiros, independentemente da conquista do grupo, conquistassem vaga.
As propostas, no entanto, não foram aceitas por nenhum outro clube.
Com tal regra, o Verdão estaria bem perto da classificação no Estadual, algo que acontece ininterruptamente desde que o atual modelo de regulamento foi validado.
O que mais Abel falou após empate do Palmeiras
– Nos falta um bocadinho de criatividade no último terço. Quando chegamos, o Palmeiras estava à procura de se encontrar. Quando jogamos agora, você vê como nossos adversários se fecham. Não estávamos a jogar contra um adversário qualquer, era contra o São Paulo. Tinha uma linha de cinco, mais dois primeiros volantes na frente, o que dificulta muito os espaços que temos que criar – analisou Abel.
– Precisamos da criatividade dos nossos jogadores para ultrapassar esse muro. Fomos capazes de criar duas oportunidades flagrantes no segundo tempo, muitos dos remates bateram naquela muralha do nosso adversário. Mas não tem a ver com o gramado, tem mais a ver com a capacidade do treinador ajudar ainda mais a capacidade dos nossos jogadores, e depois termos presença na área com centroavantes que nos ajudem a ultrapassar esses tipos de jogos, em que as equipes se fecham muito – acrescentou.
– O Palmeiras é diferente do Atlético-MG, do Corinthians, do São Paulo, do Flamengo. Olhem para o elenco, não é de hoje, é sempre. E acreditamos naquilo que fazemos. Isso não invalida que as peças do quebra-cabeça… Eu sei muito bem o que estamos a fazer. Ele tem que ser curto, mas não pode ser tão curto. No jogo de hoje você olha para o banco e entende, não precisa ser mágico. Essa parte das SAFs e do dinheiro não é comigo. Não me obriguem a estar sempre a responder, eu sou claro, vocês são inteligentes, sabem que o clube está a fazer o máximo esforço para qualificar o elenco. Vamos esperar