Até daria para culpar Flaco, mas falta mais a um Palmeiras que tem Rocha como destaque
Time de Abel Ferreira ficou no modorrento empate por 0 a 0 contra o São Paulo

Aqui mesmo na Trivela, Flaco López foi muito criticado por gols decisivos perdidos. Sistematicamente, o argentino tem a bola que pode definir o jogo. Frequentemente, ele as desperdiça.
Não foi diferente, neste 0 a 0 entre Palmeiras e São Paulo, que deixa o Palmeiras à beira da eliminação no Campeonato Paulista. Por três vezes, ele teve a chance de finalizar sem marcação. Por três vezes, falhou.
É reducionismo, no entanto, colocar todo peso nas costas do argentino. Porque Mayke, Veiga, Ríos e Estêvão, que estava no banco com resquícios de gripe, mas acabou tendo de entrar aos 2 minutos — ficando até o fim — foram mal. Maurício, que chorou no banco de reservas até ir para o vestiário, no intervalo, lesionou o braço direito.

Vaias e xingamentos ao Palmeiras fazem sentido
No final do jogo, a torcida vaiou o time e xingou o diretor Anderson Barros. Sem qualquer análise quanto à forma, a verdade é que o protesto é completamente justificado. O Palmeiras precisava estar mais forte a esta altura de início de temporada.
O Palmeiras tem doze dias para montar o time que, na prática, será o do Mundial de Clubes. Até existe a janela de transferência especial do torneio da Fifa. Mas o prazo para entrosar o time será bem curto. Ainda mais sabendo que Paulinho, o grande nome da janela, só volta no fim de março.
Se é fato que falta um 9, ao menos dá para dizer que Barros acertou ao trazer Martínez e Facundo Torres. Os uruguaios foram bem. Mas nada que tenha sido capaz de mover o placar.
Em que pese o São Paulo ter vindo ao Allianz Parque só para empatar, o Palmeiras ter finalizado apenas uma vez no primeiro tempo — uma cabeçada fulminante de Flaco para fora — é triste para a torcida.
Assim como é no mínimo sintomático que Marcos Rocha tenha terminado a partida como o jogador mais consciente ofensivamente. Em 2025. Ano do Super Mundial. Nada contra o atleta. Tudo contra o fato.
Não fosse o árbitro, que não observou vantagem, após falta em Estêvão na entrada da área, já na reta final do jogo, além de destaque, o veterano teria grande chance de terminar como homem que decidiu a partida.