Palmeiras define parâmetros de concorrência ‘corporativa’ para novo patrocínio-máster
Clube vai seguir práticas correntes no mercado e na indústria
O Palmeiras não está com pressa. Mas o departamento de marketing já iniciou o processo de concorrência para a escolha de seu novo contrato de patrocinador-máster, a partir da próxima temporada. O vínculo atual, com a Fam e a Crefisa, empresas da presidente Leila Pereira, acaba no fim deste ano.
O clube acredita que talvez tenha uma definição clara já em outubro. Já houve conversas do clube com empresas interessadas. E o Palmeiras definiu que vai seguir os parâmetros de concorrências corporativas, conhecidos como BID — do inglês, bidding process, que pode ser definido como um convite para realização de uma oferta.
O processo do BID que o Palmeiras pretende encampar tem como características confidencialidade, lisura e a fuga de um leilão. Cada empresa interessada terá de fazer sua proposta com base em avaliações próprias para chegar à valoração e os moldes de sua oferta, e não usar como base os demais valores oferecidos.
As propostas serão levadas ao conhecimento de poucos profissionais do clube antes da escolha. A única empresa que saberá de antemão os valores de suas concorrentes será a holding de Leila Pereira.
Palmeiras quer identificar homofóbicos e vai entrar com representação contra Claus https://t.co/SD2AMKNAxY via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) August 19, 2024
Mas isso não se deve ao poder de que ela dispõe como dirigente no clube, mas sim ao contrato de patrocínio em vigor. Como atual patrocinadora, a companhia tem a prerrogativa de igualar a oferta escolhida pelo clube.
Em outras palavras, a Leila Pereira empresária, juntamente com a Leila dirigente, dará a última palavra sobre quanto o Palmeiras vai receber pelo seu uniforme — mesmo dentro do processo corporativo. Atualmente, a Crefisa paga R$ 81 milhões anuais — valor que pode chegar a R$ 120 milhões com todas as bonificações.
Especula-se que o clube mire um valor garantido de patrocínio próximo ao que hoje seria o máximo a ser pago pela Crefisa em caso de bonificação total.
Leila crê ser saudável, Palmeiras andar com as próprias pernas
Para desviar dos jogadores e da comissão o foco da eliminação na Copa do Brasil diante do Flamengo, em 8 de agosto — vitória insuficiente por 1 a 0 — Leila Pereira passou pela zona mista. Entre os vários assuntos relativos ao jogo, a dirigente também falou sobre a questão patrocínio.
E, embora confesse ter vontade de seguir estampando as marcas na camisa alviverde, a dirigente disse ver com bons olhos uma sucessão.
— Com relação ao patrocínio, como já falei várias vezes, é o último ano do meu mandato, sou candidata à reeleição, e os patrocínios das minhas marcas terminam em dezembro. Estamos no mercado procurando parceiros agora para saber realmente quanto vale a camisa do Palmeiras.
— É claro que tenho interesse (em seguir patrocinando o Palmeiras com a Crefisa), mas preciso analisar o mercado. O Palmeiras é gigante, e a Crefisa e minhas empresas estão muito vinculadas ao Palmeiras, porque são quase dez anos de patrocínios.
— O Palmeiras precisa caminhar com as próprias pernas, e não ficar vinculado a uma marca só. É claro que vou fazer uma proposta também pela Crefisa, mas acho saudável procurar outros parceiros — completou.
Arbitragem levou quase três horas para preencher súmula após confusões no Choque-Rei https://t.co/cmiQoMFztS via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) August 19, 2024