Leila blinda elenco do Palmeiras, vira página e fala de patrocínio e contratações

Personagens principais do jogo com o Flamengo (1 a 0), Abel Ferreira e os jogadores foram poupados de falar com a imprensa na noite de quarta-feira (7), no Allianz Parque.

O técnico, expulso por cometer um gesto obsceno, segurando os testículos após uma decisão do juiz Anderson Daronco, foi representado pelo auxiliar João Martins.

Já para passar pela zona mista, corredor que os jogadores têm de atravessar antes de sair do estádio, a escalada foi a presidente Leila Pereira.

Foi uma decisão do clube e um gesto boleiro da dirigente, cada vez mais antenada com os bastidores do futebol.

A Leila, que chegará neste ano ao fim de seu primeiro mandato, deixou completamente de ser uma mera administradora e se mostra uma hábil condutora de discurso.

Bem assessorada pelos profissionais do clube, Leila hoje entende o peso institucional que sua presença pode ter para desviar qualquer foco de pressão. Ainda mais quando ela chega com declarações fortes e informações interessantes para o torcedor.

A arbitragem prejudicou o Palmeiras?

Leila abriu a conversa comentando a expulsão de Abel e as decisões da arbitragem:

— Em relação à expulsão do Abel, achei arbitrária, muito dura. O que achei obsceno foi o árbitro com as ceras, paralisações, isso foi obsceno — mandou, de cara, a dirigente.

— Com relação à anulação do gol, eu costumo não fazer comentários de arbitragem com jornalistas. Quando a gente entender necessário, falaremos na CBF — completou.

EXCLUSIVO: 🚨🚨 Abel Ferreira se pronuncia sobre expulsão hoje no Allianz Parque! https://t.co/GKb2EYBDhX

— André Hernan (@andrehernan) August 8, 2024

— Eu não gosto de reclamar da arbitragem, parece que estamos reclamando. O Palmeiras joga para frente, a gente respeita decisões. E, quando preciso reclamar, a gente vai na CBF. Com Abel, achei rigoroso — reforçou.

Leila fala sobre o Gabigol

Ainda mais em um jogo contra o Flamengo, Leila não teria mesmo como escapar de falar sobre Gabigol. E negou que tenha um pré-contrato com o atleta, desejado por Abel Ferreira e com quem o clube conversou. É um fato.

Leila, porém desconversou:

— Não temos nenhum pré-contrato. Quem disse que o Palmeiras possui um pré-contrato com o Gabigol está mentindo. Não temos documento nenhum. Tanto em relação ao Gabigol quanto a qualquer outro grande jogador, o Palmeiras sempre tem interesse em bons jogadores, mas não há nada assinado, absolutamente nenhuma negociação em andamento com relação ao Gabigol — disse ela.

Vaga não veio, mas Palmeiras renasce em 2024 com vitória sobre o Flamengo https://t.co/eaAQ53KrSp via @trivela

— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) August 8, 2024

Crefisa segue no Palmeiras?

A dirigente também revelou que o clube procura parceiros no mercado para patrocinar o uniforme da equipe a partir de 2025, após o fim do contrato com a Crefisa e a Fam, empresas da holding que pertence à dirigente.

E, embora confesse ter vontade de seguir estampando as marcas na camisa alviverde, disse ver com bons olhos uma sucessão.

— Com relação ao patrocínio, como já falei várias vezes, é o último ano do meu mandato, sou candidata à reeleição, e os patrocínios das minhas marcas terminam em dezembro. Estamos no mercado procurando parceiros agora para saber realmente quanto vale a camisa do Palmeiras

— É claro que tenho interesse (em seguir patrocinando o Palmeiras com a Crefisa), mas preciso analisar o mercado. O Palmeiras é gigante, e a Crefisa e minhas empresas estão muito vinculadas ao Palmeiras, porque são quase dez anos de patrocínios.

— O Palmeiras precisa caminhar com as próprias pernas, e não ficar vinculado a uma marca só. É claro que vou fazer uma proposta também pela Crefisa, mas acho saudável procurar outros parceiros – completou.