Copa do Brasil

Vaga não veio, mas Palmeiras renasce em 2024 com vitória sobre o Flamengo

Após cinco jogos irreconhecíveis, Alviverde mostrou muita força para bater o Rubro-Negro

O Palmeiras não conseguiu a classificação para as quartas de final. Mas não dá para dizer que o time deixou o Allianz Parque e a Copa do Brasil de mãos vazias.

Ainda que insuficiente, a vitória do Palmeiras sobre o Flamengo, por 1 a 0 — o Rubro-Negro venceu por 2 a 0 na ida–, trouxe o time de volta para a temporada 2024, depois de um hiato de cinco partidas irreconhecíveis.

Na pressão, precisando do resultado contra a equipe tida como a melhor do país, o Palmeiras mostrou muito repertório e força, voltou a vencer e fez importantes descobertas para o restante da temporada.

O moral do time, que começa a decidir uma vaga nas quartas da Copa Libertadores no dia 14, contra o Botafogo, certamente será outro. Toda coragem e a confiança que o time parecia ter perdido voltaram.

Como Jorge Iggor, da TNT Sports, eternizou após a história virada por 4 a 3 sobre o Botafogo no Brasileirão do ano passado, esse é o Palmeiras de Abel Ferreira. Aplaudido e saudado pelos 38 mil torcedores que estiveram no jogo — muitos sem visão total do campo, por conta de uma estrutura de palco no lado norte do campo.

Palmeiras pressionou do começo ao fim

Os primeiros 20 minutos do Palmeiras foram excelentes. O primeiro chute, aos 50 segundos iniciou uma série de dez que o time faria antes da metade do 1º tempo. O terceiro dele seria o da vitória, já aos 5 minutos de jogo: Caio Paulista pegou rebote na entrada da área e cruzou para Vitor Reis abrir o placar, de cabeça.

O Palmeiras foi só pressão. Foram 20 chutes, um gol anulado por milímetros impossíveis de serem vistos com clareza até mesmo pelo VAR. Coube ainda a Weverton o último arremate do jogo, já aos 52, em rebote de escanteio. O chute forte passou raspando. Assim como a vitória por dois gols, que levaria o jogo para os pênaltis.

As convicções do Palmeiras

  • Abel Ferreira tem uma dupla de meias excelentes

O Palmeiras entrou em campo com uma formação corajosa, com Raphael Veiga como meia pela esquerda, tabelando com Caio. E Felipe Ânderson pela direita, jogando em parceria com Mayke.

Com esses dois arranjos, o Palmeiras não deixou o Flamengo jogar até por volta de 30 minutos de partida. Uma pena para o Palmeiras que tanto Mayke quanto Felipe tenham saído machucados antes do intervalo.

  • Caio Paulista é uma boa opção pelo lado do campo

O ex-jogador do São Paulo estreou pelo Palmeiras. Finalmente jogando do modo e com a intensidade que Abel queria, o camsia 16 foi muito perigoso indo ao fundo.

Além da assistência para o gol, Caio apareceu muitas vezes com perigo no bico da área, sempre com bolas perigosas. Na disputa com Vanderlan pela titularidade até o fim do ano, Caio acaba de pular na frente.

  • Vitor Reis tem que ser titular, e o time precisa jogar com três zagueiros

Não há como o camisa 44 do Palmeiras não ser titular da equipe. A sequência de boas partidas foi coroada com uma atuação perfeita na partida desta quarta (7).

Aos 18 anos, Vitor comandou o trio de zaga em que tinha nada menos que Gustavo Gómez e Murilo como companheiro. E ainda fez o gol da vitória. Num clube famoso por revelar homens de frente, Vitor é um zagueiro que também pode ser chamado de joia, sem exagero.

Como também deu para ver que o Palmeiras joga melhor com três zagueiros. Uma solução se apresenta.

  • Gabriel Menino merece mais espaço

Num time em que Aníbal tomou conta da camisa 5, Menino aparece como forte candidato a ser o 8 a acompanhá-lo.

Mas não só. Ele também jogou bem como meia pela esquerda. Em que pese não ter a mesma qualidade ofensiva de Felipe Ânderson, ele entrou na função e não decepcionou.

Foi o autor do gol de Flaco, anulado. E quase fez um golaço, aos 46 da segunda etapa, em arremate de fora da área.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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