Palmeiras: Em 1ª final contra o Corinthians, Abel testa o que aprendeu com Luana Piovani
Técnico do Palmeiras concedeu entrevista coletiva na sede da FPF

Abel Ferreira mostrou um cuidado redobrado para evitar polêmicas com o adversário do Palmeiras na entrevista coletiva conjunta, nesta sexta-feira (14), antevéspera do 1ª final do Campeonato Paulista.
Na sede da Federação Paulista de Futebol, o técnico, acompanhado de Weverton, teve os corintianos Ramón Diaz e Romero como companheiros de palco — além dos árbitros Raphael Claus e Mateus Candançan, do primeiro e segundo jogos respectivamente.
O português mostrou um remarcado respeito com o Corinthians, com quem decidirá um troféu pela primeira vez. Tal diplomacia talvez tenha a ver com a maneira como parte do aprendizado dele sobre o Dérbi aconteceu.
Palmeiras x Corinthians na telinha
Abel revelou que um dos primeiros filmes a que assistiu no Brasil foi “O casamento de Romeu e Julieta”, dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Luana Piovani — que, por coincidência, vive em Portugal há cerca de uma década.
Na comédia romântica, Luana é Julieta, uma palmeirense fanática, filha do conselheiro do clube Alfredo Baragatti, vivido por Luis Gustavo. Na trama, o objeto da paixão de Julieta é o corintiano Romeu, de Marco Ricca.
Até porque o gênero não permite, não há tanta profundidade assim na história. Mas a divertida película de fato exemplifica muito bem o que representa a rivalidade entre alvinegros e alviverdes, resumida no desespero de Baragatti ao saber do amor da filha:
— Ninguém pode ser feliz ao lado de um corintiano.
Como é fácil concluir antes mesmo de o filme começar a rodar, o final trágico da peça shakespeariana não se repete na obra da Globofilmes. E Romeu e Julieta conseguem terminar juntos.
— Onde existe e prevalece acima de tudo o amor, independentemente se eu sou palmeirense ou sou corintiano. E há um respeito. É assim que eu o vejo. Estou no Brasil há cinco anos, não sou brasileiro de sangue, mas há algo que urge erradicar no futebol. Primeiro racismo e segundo é violência. Isso é algo que nós todos aqui precisamos fazer — disse Abel.

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Abel escolhe confrontar jornalistas
Mas talvez por ter evitado tanto confrontar o adversário, Abel, mais uma vez, escolheu confrontar os jornalistas.
Mais de uma vez, disse que os profissionaius tinham de selecionar o que diriam nos dias que antecedem a decisão, para não incitar violência.
Até quando fez um mea culpa sobre um gesto obsceno, segurando suas partes íntimas — oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Flamengo — culpou os cinegrafistas que captaram a cena.
— O momento de mais vergonha que eu senti na minha vida foi no Palmeiras. Quando fiz um gesto a dizer que o árbitro não tinha coragem e um de vocês, sobretudo que estão aí na câmera, foi capaz de parar o jogo, para ir atrás, para propositadamente me expulsar por um gesto que eu estava a fazer porque a bola não estava em cima de mim, eu não sou protagonista, protagonistas são os jogadores e essa responsabilidade é vossa.
— Cheguei a casa, chorei em frente à minha mulher e às minhas filhas. Vocês sabem que aquilo não sou eu, eu não sou os meus comportamentos. Eu tenho direito de errar como toda a gente. Foi na minha vida o maior momento de vergonha que eu tive, sangrei por dentro, porque alguém de vocês decidiu passar uma imagem que em momento algum eu me revejo nela que foi obrigada pedir desculpa, mas em momento algum eu fiz isso para ofender quem quer que seja — afirmou.
Vale frisar que quem capturou o gesto foi o VAR da partida. E que as imagens só existiram porque ele as cometeu.