Não é barro: O que é a ‘mancha’ marrom no gramado do Allianz Parque?
Antes de Dérbi contra o Corinthians, grama da casa do Palmeiras viralizou nas redes sociais pelo aspecto avermelhado

O Dérbi entre Palmeiras e Corinthians na noite desta quinta-feira (6) teve que ser adiado por 30 minutos por conta das fortes chuvas que assolam a cidade de São Paulo. Inicialmente marcado para 20h (horário de Brasília), o clássico precisou de meia hora para que o gramado sintético do Allianz Parque se recuperasse.
Nas imagens da transmissão, era possível enxergar diversas poças de água que tinham uma cor de barro. Como a grama é artificial, na verdade, o tom avermelhado que se via eram as cortiças, itens colocados abaixo do gramado para ser um isolante térmico e amortecimento do terreno.
— A Federação Paulista de Futebol informa que a arbitragem e o diretor de jogo do clássico entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, se reuniram com os dois clubes e, após uma avaliação das condições do gramado, devido à forte chuva que cai na cidade, decidiram de forma unânime adiar o início do jogo para 20h30 — informou a FPF em comunicado nas redes sociais.
A partida de hoje foi o primeiro grande teste do material no Allianz em um dia de fortes chuvas, potencializadas por pedras de granizo. As cortiças, de origem orgânica, foram instaladas em março do ano passado após polêmicas com a composição do gramado anterior, de termoplástico, que estavam grudando na chuteira dos jogadores como se fosse goma de mascar.
Para que o material cor de barro fosse retirado antes do Dérbi, funcionários do Palmeiras utilizaram carrinhos instalados com uma tela que grudava os materiais, além de rodos.
Confira mais imagens do estado do gramado do Allianz antes da bola rolar no clássico.
A polêmica do Allianz Parque, casa do Palmeiras, em 2024
As imagens de uma massa grudenta colada (o que era o termoplástico derretido após uma onda de calor) nas chuteiras de atletas que jogaram no Allianz no início de 2024 ganharam as redes sociais com críticas sobre a qualidade do gramado da casa alviverde.
Até o Palmeiras entrou na briga, criando uma “guerra” com a WTorre, responsável pela manutenção do estádio, e rescindindo o contrato com a Soccer Grass, empresa que cede o tapete do Allianz.
À época, a FPF interditou o local, enquanto o clube paulista afirmou que só voltaria a jogar por lá quando acontecesse a manutenção.
Passados dois meses, o estádio foi reaberto com o novo material: as cortiças, vinda de cascas de árvores e importadas de Portugal.