Brasil

Sapucaí rubro-negra: Há 30 anos, Luxemburgo sambou em comemoração ao centenário do Flamengo

Vanderlei Luxemburgo, Zico e Romário deram as caras no desfile da Estácio de Sá de 1995, que acabou na 7ª colocação com o enredo “Uma vez Flamengo”

Talvez você já tenha topado por aí com uma imagem do renomado técnico Vanderlei Luxemburgo sambando com grande destreza na Marquês de Sapucaí.

De vez em quando ela aparece nas redes sociais. Aliás, não só ela: uma busca rápida por “Vanderlei Luxemburgo sambando” em qualquer buscador da internet retorna com mais resultados do que poderíamos esperar. O Pofexô tem a manha.

Mas essa cena específica — a de um dos maiores treinadores do mundo na década de 90, com passagem pela seleção brasileira, rabiscando a avenida mais famosa do samba — comemora 30 anos. 

Um centenário musical para o Flamengo

Você já deve ter ouvido algumas histórias incríveis do Flamengo de 1995, tais como Romário e Edmundo se unindo para gravar um funk chamado Hino dos Bad Boys; os dois e Sávio formando o melhor (ou pior) ataque do mundo; e uma temporada que começou com o extremamente promissor Luxemburgo no comando e terminou com o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, como técnico.

Naquele ano, as comemorações do aniversário de 100 anos do Rubro-Negro foram amplificadas pela Estácio de Sá. A escola de samba decidiu entrar na avenida com o enredo “Uma Vez Flamengo” e levou para a avenida nomes como Sávio, Zico e Júnior.

valber salvio flamengo
Valber e Savio, jogadores do Flamengo, desfilam com a Estácio no Carnaval de 1995 (Foto: Reprodução)

Romário, que tinha chegado há pouco e ainda ostentava o título de melhor jogador do mundo, preferiu ficar nos camarotes.

 O “Jornal do Brasil” fez uma resenha de altos e baixos do desfile. Celebrou a empolgação das arquibancadas, mas classificou as fantasias como “feias e pobres” e o samba como “ruim”. De fato, a Estácio acabou na sétima colocação e viu, de muito longe, a Imperatriz Leopoldinense ser coroada campeã do Grupo Especial.

Que o samba é ruim, o tempo discorda. A letra ficou na memória dos torcedores e a melodia ainda contagia as arquibancadas do Maracanã trinta anos depois.

Foto de Andrey Raychtock

Andrey RaychtockColaborador

Colunista da Trivela. Mais angustiado que um goleiro na hora do gol. Jornalista com passagens por Globo, Esporte Interativo (atual TNT Sports) e Cazé TV. Percorrendo os becos e vielas do futebol alternativo e dividindo o que encontrei.
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