Brasil

Por que Roger Machado usou até Seleção para justificar polêmica ida ao Internacional

Novo treinador colorado foi apresentado na noite desta quinta-feira (18) no Beira-Rio

Depois de comandar o primeiro treinamento, no CT Morada dos Quero-Queros, Roger Machado foi apresentado na noite desta quinta-feira (18), no Beira-Rio, como novo treinador do Internacional.

Em 40 minutos de entrevista coletiva, Roger se aprofundou em diversos temas, e não fugiu de nenhum questionamento. Nem mesmo acerca da sua identificação com o Grêmio.

— Olho com naturalidade esse processo, porque eu vivi aqui no estado e vivi essa rivalidade. Mas como jogador sempre deixei essa rivalidade no campo. O torcedor é passional, é apaixonado pelo time e compreende o jogo. Eu sou apaixonado pelo jogo eu compreendo o torcedor. Como profissional de futebol consigo administrar isso de uma forma que me permite circular nesses ambientes e trabalhar com tranquilidade — respondeu.

Roger garantiu que as conversas com o Inter começaram após os confrontos da Copa do Brasil com o Juventude. E citou seu plano de carreira para justificar a saída do Alviverde de Caxias do Sul, em que fazia bom trabalho.

— Foi a primeira vez que deixei um trabalho em andamento, um trabalho com uma base forte dentro de sete meses. Mas entendi como uma grande chance, como um treinador que deseja treinar a Seleção Brasileira, tem alguns rituais que precisam ser cumpridos. E um deles é treinar um clube como o Internacional.

Roger pediu relatórios sobre o modelo de jogo de Coudet

Quanto à parte tática, Roger revelou que já solicitou ao departamento de análise de desempenho do Internacional relatórios sobre o modelo de jogo de Coudet. E não descartou, por exemplo, replicar o esquema tático com dois atacantes, característico do treinador argentino, para acomodar Enner Valencia e Rafael Borré.

— Eu também joguei no início do Gauchão com tripé, enganche e dois atacantes. Penso que é possível ter alternâncias. A única certeza que tenho dentro da minha estrutura é ter linha de quatro. Dali para frente, joguei com todas as variações táticas. Tudo é possível. Mais do que o treinador, o elenco foi montado para servir ao Internacional — destacou.

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Roger diz como pretende recuperar a confiança dos jogadores do Internacional

Além do aspecto tático, Roger também falou sobre o aspecto mental, que é tem sido um grande problema para o Inter recentemente. O treinador disse que não vê problema em, futuramente, trabalhar com um profissional de psicologia em sua comissão técnica. Por ora, no entanto, quer recuperar a confiança dos atletas no dia a dia.

— Entendo que a parte mental, emocional é fundamental. O jogador é no mínimo 50% confiança. O momento contribui. Hoje esse momento tira confiança. O momento do treino é o que recupera a confiança. Falo para eles que ali é o momento para resgatar.

A estreia de Roger no comando do Inter será já no próximo sábado (20), às 18h30 (horário de Brasília), contra o líder Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Na terça-feira (23), tem o jogo da volta do playoff da Copa Sul-Americana contra o Rosario Central, precisando reverter uma desvantagem de um gol.

Foto de Nícolas Wagner

Nícolas WagnerSetorista

Gaúcho, formado em jornalismo pela PUC-RS e especializado em análise de desempenho e mercado pelo Futebol Interativo. Antes da Trivela, passou pela Rádio Grenal e pela RDC TV. Também é coordenador de conteúdo da Rádio Índio Capilé.
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