‘É surreal o Diego Costa receber qualquer tipo de contestação’, opina dirigente do Grêmio

A contratação de Diego Costa passou longe de ser uma unanimidade entre a torcida do Grêmio. Não pelo currículo do centroavante de 35 anos, que teve sucesso no Chelsea e no Atlético de Madrid e vestiu a camiseta da Seleção Espanhola, mas pelo momento vivido por ele. Nas últimas três temporadas, foram apenas nove gols em 59 jogos por Atlético-MG, Wolverhampton e Botafogo.

Diego Costa por Atlético-MG e Botafogo:

⚔️34 jogos (16 titular)
⚽️8 gols
?️1 assistência
⏰178 mins p/ participar de gol
?37 chutes (17 no gol)
✅70% conversão de chances claras (7/10!)
?116 duelos ganhos (!)
?2 pênaltis sofridos
?Nota Sofascore 6.83

Livre no mercado! ?? pic.twitter.com/MIFPxdKi7H

— Sofascore Brazil (@SofascoreBR) January 10, 2024

Soma-se a isso, é claro, o fato de que Diego Costa chega com a responsabilidade de repor a saída de Luis Suárez, que foi seu companheiro no Atlético de Madrid e deixou o Grêmio para jogar no Inter Miami após uma temporada brilhante no futebol brasileiro. Em várias entrevistas, o vice-presidente gremista, Antônio Brum, frisou que não seria possível repor o craque uruguaio à altura, mas que um nome de impacto seria buscado. Segundo o dirigente, essa figura chegou.

— Talvez, uma parcela de vocês se descolou de uma realidade normal de Grêmio por causa do Suárez. Historicamente, o Grêmio nunca fez contratações assim. Para mim é surreal o Diego Costa receber qualquer tipo de contestação. Em outros momentos, a contratação do Diego Costa teria carreatas. O Suárez teve 40 janelas de transferências na carreira, e em 39 não era possível. Talvez isso tenha se tornado uma regra para alguns. Mas em que momento isso virou regra? Talvez seja a maior contratação de um estrangeiro da história do futebol brasileiro. E aí um clube cuja maior transferência, de US$ 4 ou 5 milhões, seja a maior transferência da história, gerou uma expectativa. O que leva a crer que vamos conseguir um Suárez a cada ano? Em nenhum momento eu prometi um novo Suárez, e sim um substituto do Suárez, que apresentamos hoje — defendeu.

Brum garante que Diego Costa sempre esteve entre as primeiras opções do Grêmio para repor a saída de Luis Suárez

Quando o Grêmio anunciou Diego Costa, na última quinta-feira (8), chamou atenção o fato de que ele estava livre no mercado desde o início de janeiro, após deixar o Botafogo. Isso passou a impressão de que o novo centroavante gremista estava longe de ser a primeira opção. Brum justificou.

— O Diego Costa sempre foi um dos nomes preferidos para substituir o Suárez. Eu lembro do jogo em São Januário [Botafogo 3 x 4 Grêmio], e quando tu vê in loco tu vê detalhes. O camarote do Grêmio era atrás do nosso gol no primeiro tempo. O Diego Costa foi destaque do primeiro tempo. Chamou atenção como ele estava bem. Se não fosse o Luis Suárez tirar o coelho da cartola, o Diego Costa talvez seria o destaque daquele jogo e do campeonato. Conversando com o Renato ao final do jogo, ele concordou. Colhemos informações ao final do campeonato. Sabíamos que a vida dele estava na Europa. Consegui o contato direto dele, um amigo em comum avisou que eu faria contato. É um cara que não vai sentir o peso de substituir o Suárez pela carreira que ele tem — avaliou o dirigente.

Mesmo que tenha deixado claro que Diego Costa é a reposição para Suárez, Brum não descartou trazer outro reforço importante na janela de transferências do meio do ano, seja para a função de centroavante, ou outra. Porém, o vice-presidente de futebol gremista considera que o novo reforço já preenche pré-requisitos, inclusive na parte de marketing e aquisição de novos sócios.

— Eu considero o Diego Costa um grande nome, talvez um dos maiores em termos de nome e carreira que já vestiu a camisa do Grêmio. A gente quer reforçar ainda mais, daqui a pouco na janela do meio do ano ter uma nova oportunidade. Mas considero o Diego uma grande estrela do futebol mundial. O Diego já atende esse projeto de ter um grande nome. Mas sempre que possível temos que dar à torcida um time com nomes que ela goste, que gere um efeito cascata — afirmou Brum.