Como o Fluminense age para evitar a ressaca de Libertadores antes do Mundial de Clubes
Fluminense de Fernando Diniz terá desafios para superar festa pelo título da Libertadores e se preparar para novo sonho: o Mundial de Clubes em 2023
Em um jogo de poucas emoções, o Fluminense empatou sem gols com o Internacional na primeira vez que entrou em campo como campeão da Libertadores. Com alguns jogadores poupados, o time de Fernando Diniz se apresentou ainda “de ressaca” pelo título, algo natural. De olho no Mundial de Clubes, entretanto, o Tricolor terá desafios para se preparar.
São seis jogos do Campeonato Brasileiro antes que o elenco viaje para a Arábia Saudita. A estreia pelas semifinais promete pedreira: um time entre Al-Ahly, do Egito, Al-Ittihad, do país sede, e Auckland City, da Nova Zelândia. Os dois últimos se enfrentam pela primeira fase e encontram o campeão africano nas quartas. Só aí será decidido o adversário do Fluminense.
O problema é medir a concentração, e nesse ponto, o trabalho de Fernando Diniz será fundamental. Se na primeira partida o treinador precisou dosar alguns jogadores pelo desgaste que sofreram na sequência de jogos e na decisão, a ideia é ter força máxima já no Fla-Flu de sábado (11). No dia seguinte, o elenco terá dia especial, com comemoração oficial de título com sua torcida, no Centro do Rio de Janeiro.
— A gente tem que ter compromisso com o futebol, tanto nos treinamentos e nos jogos. Nós temos que nos entregar de corpo e alma sempre que pudermos. Não foi uma partida brilhante e nem uma das melhores do Fluminense. Mas o time teve intensidade, espírito de luta, soube competir e fez um bom jogo, na minha opinião — opinou Diniz.
O peso do Mundial de Clubes para o Fluminense e seus jogadores
Jogadores como André e Nino já sabem que seu futuro será fora do CT Carlos Castilho em 2024. Exemplos de profissionais que são, entretanto, devem tirar de letra o período, e certamente adorariam se despedir do clube com uma taça histórica como o Mundial de Clubes.
Com o futuro provavelmente na Inglaterra, a dupla daria um grande recado ao futebol do país em caso de vitória sobre o Manchester City de Pep Guardiola em uma potencial decisão. Daqui até lá, entretanto, muita coisa vai acontecer.
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Questionado sobre a competição na Arábia Saudita, o presidente Mario Bittencourt não titubeou ao colocar o Fluminense com “condições totais de vencer”.
— A gente tá muito engajado já nesse primeiro Mundial. Vou falar com toda a sinceridade: acredito que temos totais condições de vencer o campeonato mundial e vamos trabalhar para isso com muita humildade. Sabemos que temos uma semifinal difícil pela frente, e se passarmos, independente do adversário, a gente vai ter um grande jogo. Acreditamos que chegaremos muito preparados — afirmou, em entrevista à TNT Sports.
Ter todos os jogadores no melhor de suas condições no fim da temporada é outro grande desafio de Fernando Diniz, sua comissão técnica e o departamento médico do clube. Veteranos como Felipe Melo, Marcelo, Ganso e Germán Cano seguirão cronograma especial de treinamentos.
Após Libertadores, Mundial de Clubes é o novo sonho do Fluminense
Germán Cano, artilheiro da Libertadores, chamou a competição de “sonho”. O Fluminense, que ousou usar muito essa palavra em 2023, está preparado para mais um.
— Ser campeão do Mundial de Clubes é o meu sonho. Os sonhos existem para serem realizados. Essa é a minha meta daqui até dezembro. Espero que consiga cumprir. É meu sonho pendente. Espero que com a ajuda do trabalho, dos meus companheiros e apoio de todo mundo possamos chegar até lá e ver que nada é impossível nesta vida — declarou.
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Além da disputa em 2023, o Flu garantiu classificação para a Libertadores e para a Recopa Sul-Americana em 2024. Na competição de jogos em ida e volta, o adversário já é conhecido: a LDU, algoz do Tricolor em 2008 e 2009. Mas outra competição também já tem o Fluminense como concorrente: a Copa do Mundo de Clubes de 2025, que estreia um novo formato da Fifa.
O clube terá duas oportunidades de conquistar o bicampeonato intercontinental. Em 1952, o Fluminense conquistou a Copa Rio, e pleiteia junto à Fifa um reconhecimento oficial da competição. Até hoje, para efeitos normais, a entidade máxima do futebol mundial coloca o torneio no mesmo patamar que a Copa Intercontinental, vencida por brasileiros como Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo.