Braz e Spindel abrem o jogo por contratações do Flamengo e cobram isonomia da CBF na Copa América
Dirigentes do Flamengo concederam coletiva após a apresentação de Matias Viña e falaram sobre assuntos pertinentes ao clube

Dois dos principais nomes da diretoria do Flamengo, Marcos Braz e Bruno Spindel concederam entrevista coletiva nesta segunda-feira (19), depois da apresentação oficial de Matias Viña. A dupla de diretores de futebol comentou sobre a negociação por Léo Ortiz e outros interesses do Rubro-Negro. Além disso, reforçaram o voto pela paralisação do Brasileirão durante a Copa América.
O que Braz e Spindel disseram?
- Abriram o jogo sobre a negociação por Léo Ortiz
- Clamaram por isonomia durante a Copa América
- Explicaram outros passos da janela
- Negaram ofertas a Pedro e falaram sobre o orçamento do Flamengo
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Léo Ortiz ainda vem?
— A vontade do jogador foi explícita por ele, ele já externou isso aos dirigentes do Bragantino. A gente agradece pela escolha dele, a gente agradece que no entendimento dele que a vinda para o Flamengo é importante. Bragantino tem uma pedida, que a gente respeita. A gente tem o nosso limite financeiro. A gente, no nosso entendimento de mercado, sabe até onde pode estar. A gente tem até o dia 7 de março para se definir isso. Esse é o prazo legal em que você pode inscrever o jogador.
— As coisas evoluíram, mas não evoluíram num tamanho em que se pudesse ficar otimista. Acho que tem a possibilidade de o jogador vir, em função até do jogador. Ele deixa claro para qualquer um. É ter tranquilidade para ver se conseguimos subir a proposta, e eles desceram. É via de mão dupla. O Flamengo não se preocupa com nenhum tipo de desgaste. Já contratamos o De la Cruz e o Viña. Tem que ter tranquilidade, e o Flamengo terá essa tranquilidade, independentemente do resultado. (Citação)
Além do que Braz disse, Spindel complementou com explicações mais técnicas sobre a negociação. O executivo de futebol, pelo ofício, está mais por dentro das questões financeiras que abrangem o Flamengo e, por isso, apontou o orçamento como um empecilho para as tratativas.
— Como já é um processo longo de negociação e de ajuste de parte a parte, quando esse processo é longo e as diferenças de valores começam grandes, qualquer mudança é difícil. As distâncias diminuíram, mas fica sempre mais difícil. Tem os limites financeiros. A gente agradece muito pela grandeza com que o Léo tem se posicionado. A gente já vem qualificando o elenco na janela, o elenco já é muito qualificado, inclusive na zaga. Com Léo, Fabrício, David, Cleiton e os meninos da base. A gente precisa de elenco. São quase 80 jogos. Hoje, da forma que está o calendário, são nove jogos da Copa América sem seis ou oito jogadores — analisou.
Paralisação do Campeonato Brasileiro durante a Copa América
Fora da janela de transferências, Braz e Spindel também fizeram voto contra o calendário da CBF. O Flamengo já tinha se posicionado, ao lado de outros oito clubes, via ofício, mas ainda não obteve uma resposta. Segundo a dupla, o Flamengo cobra, simplesmente, a isonomia para todos os clubes.
— Tema que nos preocupa muito, tema que, do ponto de vista do clube, a gente acha que pode remediar um pouco, mas é um problema sem solução. Se o Flamengo tivesse orçamento infinito, ainda seria um problema de dificílima solução. Flamengo se sente extremamente penalizado pelo calendário, foram feitas algumas propostas com outros clubes para que se possa valorizar o campeonato mais competitivo do mundo — disse Spindel, antes de concluir:
— Tem potencial para ser o melhor produto do mundo. Se continuar sendo penalizado por competições que são jogadas paralelamente, fica muito difícil de valorizar o produto. A gente tem conversado e espera que a CBF consiga encontrar uma solução. A CBF sempre defendeu isonomia. Por diversas vezes que pedimos pequenas alterações de calendário, não fomos atendidos por questão de isonomia, mas os princípios têm que valer sempre. A gente pedia uma determinada alteração de jogo, e a CBF se posicionava: “Por isonomia, eu não posso alterar”. Sempre com o argumento da isonomia, algumas demandas nossas que não poderiam ser atendidas, nós pedimos que atendam — afirmou.
Braz complementou a linha de raciocínio de Spindel. Na opinião do vice-presidente de futebol, o Flamengo cobra aquilo que lhe foi citado quando tentou buscar mudanças benéficas, em outras ocasiões.
— A gente está cobrando a mesma isonomia. Se você fizer análise de Bayern, City ou qualquer um, tirando três jogadores, você sofre e vai perder. É o que está posto. Flamengo apresentou algumas alternativas de mudança de calendário e de jogos, não sei se vai ser possível. A gente tem extrema preocupação, mas está trabalhando dentro do que é possível para que se possa remediar esse problema.
Enquanto busca seu melhor momento fora de campo, o Flamengo vive período de tranquilidade dentro das quatro linhas e pode manter a liderança da Taça Guanabara nesta rodada. O Rubro-Negro encara o Boavista nesta terça-feira (20), às 21h30 (de Brasília), no Maracanã.
Veja outros pontos abordados na coletiva
Mais sobre Léo Ortiz
– Poderia ser uma preocupação no começo, mas acho que o problema é mais financeiro do que propriamente esportivo. Lógico que eles devem ter essa preocupação esportiva, mas acho que não é decisória. É um bom número para o Bragantino se essa negociação sair.
Mais sobre a janela de transferências
– Externar para a torcida que quando a gente está numa situação como a do Léo Ortiz, a gente trabalha com outros nomes. Apenas não foram vazados os outros nomes. Se não vier o Léo Ortiz e vier outro jogadores, vão dizer que inventou o jogador. Não, não inventou o jogador. São jogadores que são sistematicamente monitorados. A gente não inventa nenhum nome, não acha nenhum nome. Se algum nome sair por vocês, é sistemático aqui dar maior musculatura ao elenco.