‘Entre Flamengo, Seleção e Corinthians, a pressão é bem maior no Flamengo’
Auxiliar de Tite explica motivo de ter tido mais dificuldades na Gávea

Cleber Xavier, ex-auxiliar de Tite, afirmou que a pressão no Flamengo é maior que a enfrentada no Corinthians e na seleção brasileira. A dupla teve três passagens pelo Corinthians, além de experiências no Rubro-Negro e pelo Brasil.
“Para mim, não tem comparação entre Flamengo, Seleção e Corinthians. Eu sempre falei isso e vou até aprofundar um pouco mais, é bem maior no Flamengo”, declarou em entrevista ao podcast “Conta & Manda”.
Na primeira, contribuiu para livrar o time do rebaixamento. Na segunda, conquista Campeonato Brasileiro de 2011, Libertadores e Mundial em 2012, além de Campeonato Paulista e Recopa Sul-Americana em 2013. Na terceira, vence o Brasileirão de 2015. Porém, no começo do segundo trabalho no Timão, houve a emblemática eliminação para o Tolima na pré-Libertadores
— Houve uma pressão grande pela desclassificação para o Tolima, com violência e ataque ao centro de treinamento, mas recebemos muito apoio. A torcida do Corinthians é diferente, porque ela apoia o tempo inteiro durante o jogo e as cobranças exageradas. Mas a gente conseguiu os resultados e as conquistas. A pressão não foi muito forte — relatou Xavier.
Junto de Tite, Cleber trabalhou na seleção brasileira de 2016 a 2022, conquistando a Copa América de 2019. O auxiliar afirmou que não houve pressão durante o trabalho na Canarinho. Ele considera que a reação passional acontece mais em clubes do que em seleções.
— Não vimos pressão na seleção brasileira, porque são jogos esporádicos, de muito tempo entre um jogo e outro. A pressão do torcedor brasileiro é por clube, não por seleção. E esse tipo de pressão violenta é mais do torcedor de organizada, é uma paixão maior — opinou.
Passagem de Tite no Flamengo

O trabalho mais recente de Tite e Cleber Xavier foi no Flamengo. Ambos chegam à Gávea na segunda metade de 2023 e classificam o Rubro-Negro à Libertadores. No ano seguinte, conquistam a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca. Mas o time caiu para o Peñarol nas semifinais da principal competição continental da América do Sul e pouco depois ambos são desligados do clube.
— Passamos por um momento de dificuldade em que um clube grande que contrata jogadores de seleção nas datas Fifa fica desfalcado, a gente consegue, com os jogadores que ficaram, ficar na liderança (do Brasileiro). Na volta da Copa América, alguns jogadores desgastados se lesionam num momento em que o calendário apertou. Entram as três competições ao mesmo tempo, e isso nos dificultou. Houve demora para trazer os reforços e tivemos resultados ruins — finalizou Xavier.