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‘Ter jogador bom não é dor de cabeça’: Felipão não vê problema em ter que fazer escolhas no Atlético-MG

Felipão foi questionado se a chegada de Scarpa é uma dor de cabeça boa, mas afirmou que jogador bom nunca trás esse problema, mesmo que sejam muitos e seja preciso escolher

O Atlético-MG goleou o Democrata-GV por 4 a 0 na tarde deste domingo (28), na Arena MRV, pelo Campeonato Mineiro. O jogo marcou não só a primeira vitória do Galo no ano como também a estreia de Gustavo Scarpa, principal contratação do clube para a temporada. Felipão teve à disposição não só o meia como outras peças importantes que não puderam atuar na estreia, e ele comentou sobre essa possibilidade de trabalhar com muitos jogadores de qualidade.

Na estreia do campeonato, quando o Atlético foi derrotado pelo Patrocinense por 2 a 1, Felipão não pôde contar com alguns nomes que hoje foram titulares e fizeram grande partida, como Mariano, Zaracho (marcou um gol) e Hulk (um gol e duas assistências), além, claro, de Scarpa. Questionado se ter tantos bons jogadores é um “dor de cabeça boa”, o treinador afirmou:

– A única coisa que não tenho na vida é dor de cabeça. Posso ter tudo, dor nas costas, já está coroa e tudo mais, mas dor de cabeça nunca tive. Ter jogador bom não é dor de cabeça. É bom para a gente ter que escolher, e eu sou pago para escolher. Vou fazer as escolhas que acho melhor dentro da minha ideia.

É bom que vocês saibam que eu elogiei eles quando aqui cheguei, sigo elogiando desde o início do ano, e com essa equipe vamos brigar em todos os campeonatos — disse Felipão

Dos jogadores considerados titulares, Felipão só não tem Battaglia, que já deve estar à disposição no próximo jogo. Mesmo assim, vai ser difícil o argentino, que era o capitão do time, recuperar sua posição, já que a dupla Edenilson e Otávio está bem encaixada como volantes.

Pouco tempo para avaliações de Felipão

Depois da derrota na estreia, Felipão afirmou que não iria tirar conclusões do time por um jogo. Agora, depois do segundo, ele segue com paciência para avaliar o time e os jogadores, entendendo que é preciso de tempo para as coisas se encaixarem de novo.

– A equipe vai evoluir. Nós fizemos 12 treinos até agora, é muito pouco. Acho que a evolução vem devagar. Hoje já tivemos uma melhora no combate da zaga e do meio campo, algumas situações com bons deslocamentos. Ainda é um início e temos que ir devagar. Eu pelo menos estou devagar com eles e vou esperar até o momento certo para tomar a minha posição de ser o chato — afirmou Scolari.

O Atlético fez um jogo muito ruim na estreia, muito por conta do gramado alto de Patrocínio, mas conseguiu dar a volta por cima no segundo jogo ao golear e não sofrer sustos, com grandes atuações individuais, como as de Hulk, Otávio, Edenilson e Zaracho.

Próxima parada: clássico contra o Cruzeiro

Depois de golear o Democrata, o Atlético terá sua principal missão nessa primeira fase do Mineiro, que é o clássico contra o Cruzeiro. A partida acontece no próximo sábado (3), novamente na Arena MRV. Felipão, no entanto, acha que um duelo importante assim logo cedo não ajuda o time, mas vai se preparar forte e sem mudar a programação.

– Não ajuda (ter um clássico). Acho que prejudica. Se seguíssemos nosso trabalho normal, pela sequência com o grupo, na parte da preparação física e da fisiologia, é mais interessante e legal ser sem o clássico. Pois sempre que envolve o clássico, envolve também uma série de situações que a gente não domina — disse o treinador.

Temos um clássico e pronto, vamos fazer dentro do que a gente tinha programado. Não vamos mudar nada. Não é um clássico ou um jogo que vai nos fazer mudar – Felipão

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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