Brasil

Endrick rompeu desconfiança quanto às Crias da Academia no Palmeiras para ser protagonista do Brasileirão 2023

Palmeiras teve em Endrick seu diamante - de apenas 17 anos - como o grande nome na conquista do seu 12º Campeonato Brasileiro

O Campeonato Brasileiro de 2023 será para sempre lembrado pelos palmeirenses como o Brasileirão do Endrick. O desempenho do garoto de 17 anos na reta final do Nacional foi decisivo para o time ultrapassar o Botafogo e ficar com o título – a “virada heróica”, como o feito é chamado pelos palmeirenses

Dentro do Palmeiras, o protagonismo de Endrick não deixa de também ser uma virada. Porque embora estejam aos montes no elenco, os jogadores recém-promovidos da base não conseguiram lugares de destaque no time de Abel Ferreira.

Endrick até foi uma exceção, pois inciou a temporada como titular. Mas, assim que caiu de produção, após o Paulista, foi substituído pelo então recém-chegado Artur e só voltou a ter chances de iniciar jogos de maneira consistente na reta final do Brasileirão.

Mesmo assim, Garcia, Vanderlan, Naves, Fabinho, Luis Guilherme, Jhon Jhon e Kevin conseguiram – alguns mais, outros menos – mostrar potencial para serem peças confiáveis e importantes para o Palmeiras no futuro.

Quais as crias usadas por Abel

Garcia – O lateral-direito teve a concorrência de Mayke e Marcos Rocha, o que fez com que suas chances de jogar ficassem um tanto mais reduzidas – 11 jogos, quatro como titular

Naves – Zagueiro que também joga como volante, Naves jogou partidas importantes da reta final do Brasileiro, como contra o Internacional. Mostrou estar preparado – 14 jogos, seis como titular

Vanderlan – Se o titular não fosse Piquuerez, Vanderlan vestiria a camisa 6 e começaria a próxima temporada como titular com muita tranquilidade. Em 26 jogos, sendo 16 como titular, o lateral fez quatro assistências.

Fabinho – O volante ganhou a confiança do treinador, tendo participado de 39 jogos – cinco como titular. Jogador de muita força, soube também chegar à frente.

Luis Guilherme – Em seu primeiro ano com os profisssionais, mostrou a mesma qualidade que sempre desfilou na base. Meia, vem sendo treinado por Abel para atuar como um ponta-direita em determinados jogos – 28 jogos, quatro como titular, uma assistência. Entrou muito bem na volta da semi da Libertadores, contra o Boca.

Jhon Jhon – O meia, que já frequentara o time profissional em 2022, fez 32 jogos neste ano, sendo titular em um deles e fazendo uma assistência.

Kevin – Ponta-esquerda destro, demorou para ganhar a confiança de Abel depois da lesão de Dudu. Quando entrou, mostrou qualidade, mas acabou perdendo espaço por conta da mudança do 4-4-3 clássico da equipe para o 3-5-2. Participou de nove partidas, sendo titular em duas.

Endrick – Um fora-de-série, o camisa 9 do Palmeiras evolui rápido e de maneira sólida. Muito forte, foi o artilheiro do time no Brasileirão e terceiro do time no ano como um todo. Não chegou à seleção brasileira ao acaso. Um fenômeno – 53 jogos, 31 como titular, 13 gols.

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Ano de consolidações – e de Estevão

Com as inúmeras convocações para seleções, o calendário longo de sempre e a manutenção de um elenco enxuto, o Palmeiras deverá ver algumas de suas crias mais jovens terem aumento de suas minutagens em 2024.

Vanderlan, é o mais pronto para ser titular. Mas nas ausências de Gómez, Veiga e Ríos, jogadores como Naves, Luis Guilherme e Fabinho vão também ter mais chances.

Caberá a Abel ter ainda mais confiança dos atletas, que não decepcionaram quando acionados em 2023.

Por fim, 2024 também será o ano da chegada de vez ao time de Estevão, que deve ter rota parecida com a de Luis Guilherme em 23: jogar Copinha e se revezar entre sub-20 e profissional, até de fato se fixar no grupo principal.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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