Data para retorno da Arena do Grêmio está definida; resta saber de que forma

Enfim, o Grêmio está próximo de voltar a jogar na Arena após os estragos causados pela tragédia climática de maio, no Rio Grande do Sul.

Inicialmente, a projeção era para 1º de setembro, no jogo contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. Mas clube e gestora do estádio trabalham para que o retorno aconteça na partida contra o Bahia, no dia 17 de agosto, pela mesma competição.

Na última semana, Grêmio e Arena promoveram reunião, na sede da Federação Gaúcha de Futebol, em Porto Alegre/RS, para definir detalhes da retomada. Participaram do encontro entidades como o Poder Judiciário, o Corpo de Bombeiros, a Brigada Militar, a Polícia Civil, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

O objetivo é que o retorno aconteça com segurança para todos envolvidos. Um empecilho, nesse sentido, é a operação dos geradores, já que a Arena ainda não voltou a contar com alimentação de energia via concessionária.

Para evitar maiores transtornos, como no acesso ao estádio, o jogo do Grêmio contra o Bahia terá público reduzido. Nos bastidores, se fala em cinco mil torcedores, mas esse número ainda não foi confirmado pelos órgãos envolvidos.

Reconstrução da Arena do Grêmio foi marcada por guerra de narrativas

Independente dos aspectos que ainda precisam ser ajustados, a viabilidade da retomada dentro de poucos dias é um alento depois das polêmicas que marcaram a reconstrução da Arena do Grêmio.

No dia 20 de junho, a Arena emitiu nota oficial em que informou que a diretoria gremista pediu a suspensão dos pagamentos do seguro da gestora do estádio. Com isso, o clube seria responsável por atrasar as reformas do local.

Presidente do Grêmio, Alberto Guerra e sua Diretoria pedem suspensão dos pagamentos do seguro da Arena do Grêmio e atrasa o retorno do time a sua casa

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— Arena do Grêmio (@todosnaarena) June 20, 2024

— Nos causa enorme perplexidade a decisão do presidente do Grêmio e sua diretoria, pois tem potencial de atrasar por meses o retorno do Grêmio à Arena, com prejuízo imensurável ao futebol. O Grêmio em casa é imbatível, todos os gremistas sabem. E não há qualquer justificativa plausível para tal medida — disse, na nota, Mauro Araújo, presidente da Arena Porto-Alegrense.

Em entrevista coletiva concedida no mesmo dia, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, rebateu. Ele buscou esclarecer a situação e repassar a versão do clube.

— Essa terminologia ‘suspensão' é equivocada deliberadamente pela Arena, porque, na verdade o que nós pedimos é que esse dinheiro do seguro fosse depositado em uma conta vinculada entre Grêmio e Arena, e que nós pudéssemos auxiliar e fiscalizar a aplicação desses recursos na reforma da Arena o mais rápido possível — explicou Guerra.

Renato cobrou a gestora do estádio publicamente

Quase um mês depois, no dia 19 de julho, foi a vez do técnico e maior ídolo do Grêmio, Renato Gaúcho, se manifestar sobre o tema e cobrar a Arena. Esse foi um dos principais motes da entrevista coletiva que ele concedeu ao lado de Geromel e Kannemann, quando firmaram uma espécie de pacto para tirar o Tricolor da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

— O Grêmio está brigando, de todas as formas, em todos os sentidos, para voltar à Arena. A parte do clube estamos fazendo. O que podemos fazer mais do que isso? A Arena precisa se mexer — cobrou Renato.

Coincidência ou não, desde lá o processo para a retomada dos jogos no estádio andou. Ao menos nos discursos, Grêmio e Arena finalmente parecem estar alinhados.