Brasil

Estragos que as chuvas causaram na Arena fazem Grêmio temer pelo pior

Com parte do estádio ainda alagada devido às enchentes no Rio Grande do Sul, projeção mais pessimista do Grêmio prevê que não será mais possível jogar na Arena nesta temporada

O prejuízo que as enchentes causaram nos times do Rio Grande do Sul é grande, mas pode ser ainda maior do que se imagina. Em entrevista coletiva na sexta-feira (24), no CT Joaquim Grava, do Corinthians, em São Paulo, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, confirmou que o Tricolor Gaúcho trabalha com a possibilidade de não jogar mais na Arena em 2024.

— Na questão da Arena, nós não conseguimos entrar ainda no estádio. Apesar que o gramado apareceu agora em algumas filmagens, no túnel, por ali, ainda está muito alagado, e a gente não conseguiu ter a extensão desse problema. Conversando com especialistas de grama, de estádios, com os equipamentos que supostamente tenham sido queimados, que ficam no nível do solo, estamos considerando a possibilidade de talvez nesse ano não der para jogar lá. — revelou o mandatário gremista.

Grêmio lamenta prejuízo técnico

Diante desse prejuízo de não poder jogar em casa, que também vale para o Internacional, o técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, sugeriu que não haja rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro desta temporada. Essa pauta poderá ser discutida na reunião da CBF com os presidentes dos clubes, que acontecerá na próxima segunda-feira (27).

— O equilíbrio técnico infelizmente já foi para o espaço no momento em que alguns clubes não vão poder usar suas estruturas, seus estádios. Eu não teria nem como antecipar, mas sendo muito otimista, 90 dias de hoje. Se considerar que maio já quase foi todo, a gente teria junho, julho e agosto, [meses em que] com certeza o Grêmio não jogará na Arena. É só questão de pegar as estatísticas, ver qual o percentual de aproveitamento fora de casa do campeão, vice-campeão, terceiro lugar do Campeonato Brasileiro, e ver como é duro jogar fora de casa em um campeonato como esse — lamentou Guerra.

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Previsão para o CT Luiz Carvalho é mais otimista

Quanto ao CT Luiz Carvalho, a previsão do Grêmio é um pouco melhor. Mesmo que equipamentos e materiais tenham sido perdidos devido aos alagamentos, boa parte do centro de treinamento já secou. Muito porque, diferentemente da Arena, o sol ilumina com mais frequência o local.

— No que se refere ao CT, nós já entramos lá alguns dias. Teve alguns dias que apareceu um solzinho, e isso foi muito importante, porque segundo especialistas em gramados, a gente tinha que ver se a grama estava morta ou não. Deu uma esverdeada, o que foi uma boa notícia. Se realmente a grama se recuperar, nem que seja 70 ou 80% [algumas partes serão trocadas], a gente fala em 60 dias, sendo otimista. Agora, se a grama, por exemplo, morreu, e tem que trocar, aí se fala de 90 a 120 dias no CT, que é aberto, que tem mais sol, que não tem o estádio em volta. Se transportarmos isso para a Arena, já temos uma noção que vai levar para recuperar e jogar lá — comparou Guerra.

Próximos jogos do Grêmio serão no Couto Pereira, em Curitiba

Os próximos três jogos do Grêmio como mandante — contra The Strongest e Estudiantes, pela Libertadores, e RB Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro — serão realizados no Couto Pereira, em Curitiba. Posteriormente, Guerra comentou que a ideia é jogar o mais perto possível do Rio Grande do Sul, para contar com o apoio da torcida. Mas a questão logística também será considerada, à medida que o Tricolor Gaúcho terá intensa sequência de jogos por conta do adiamento de partidas.

Próximos jogos do Grêmio

  • Grêmio x The Strongest — Libertadores — quarta-feira, 29 de maio de 2024, às 19h (horário de Brasília), no Couto Pereira, em Curitiba, no Paraná;
  • Grêmio x RB Bragantino — Campeonato Brasileiro — sábado, 1º de junho de 2024, às 16h (horário de Brasília), no Couto Pereira, em Curitiba, no Paraná;
  • Huachipato x Grêmio — Libertadores — terça-feira, 4 de junho de 2024, às 21h (horário de Brasília), no CAP, em Talcahuano, no Chile.
Foto de Nícolas Wagner

Nícolas WagnerSetorista

Gaúcho, formado em jornalismo pela PUC-RS e especializado em análise de desempenho e mercado pelo Futebol Interativo. Antes da Trivela, passou pela Rádio Grenal e pela RDC TV. Também é coordenador de conteúdo da Rádio Índio Capilé.
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