Brasil

Sem VAR, Anderson Daronco foi protagonista do primeiro Gre-Nal de 2024

Com decisões polêmicas principalmente contra o Grêmio, Anderson Daronco foi protagonista do Gre-Nal da primeira fase do Campeonato Gaúcho, que não tem VAR

O primeiro Gre-Nal de 2024, neste domingo (25), válido pela 10ª e penúltima rodada da fase classificatória do Campeonato Gaúcho, foi recheado de elementos, e teve vários protagonistas. Um deles foi Anderson Daronco. Sem a presença do VAR, o árbitro FIFA tomou diversas decisões polêmicas ao longo do jogo.

A ausência do árbitro de vídeo vale para toda primeira fase do Gauchão. Tanto Internacional quanto Grêmio solicitaram, na última semana, que o recurso fosse disponibilizado no clássico, com as equipes se encarregando do custo. Porém, o pedido foi negado pela Federação Gaúcha de Futebol, que prezou pelo equilíbrio técnico e manteve o que foi acordado entre os 12 clubes antes do início da competição.

— Nós vamos para o campeonato estadual, no século XXI, aí os clubes do interior, que eu entendo, muitos clubes não tem condições. Aí eu pergunto: o que a Federação faz? Banca o VAR os clubes do interior. Ou, no mínimo, deixa acertado no início do campeonato que o Gre-Nal vai ter VAR. Nada disso foi feito — reclamou Renato Portaluppi após a partida.

Grêmio reclama da origem de dois gols do Internacional, e de um pênalti não marcado

A reclamação do treinador parte do entendimento de que lances capitais prejudicaram o Grêmio na derrota por 3 a 2. Na origem do primeiro gol de empate do Inter, aos 25 minutos do primeiro tempo, Daronco não assinalou falta clara de Bruno Henrique, em João Pedro, próximo à área colorada. Após uma longa posse de bola — o que deixa a dúvida se o VAR interferiria –, com a defesa gremista já montada, Maurício recebeu passe de Alan Patrick entre as linhas de marcação e chutou no cantinho de Marchesín.

No segundo tempo, o Grêmio reclamou de pênalti após André Henrique invadir a grande área pelo lado direito e ser agarrado por Aránguiz. Por fim, o lance que decidiu o jogo aconteceu aos 48 minutos do segundo tempo. Kannemann agarrou Alan Patrick próximo à linha da grande área. Bem posicionado, Daronco assinalou pênalti, mesmo que o início da infração tenha sido fora da área. Com categoria, o camisa 10 deslocou Marchesín na cobrança para dar a vitória ao Inter.

— Olha, eu vou elogiar o Daronco, é um dos melhores árbitros. É um dos melhores árbitros do Brasil. Errar é humano. Mas sem o VAR, às vezes fica difícil. Com o VAR, o resultado do jogo teria sido diferente, mesmo com o Internacional jogando melhor. Ninguém está tirando os méritos do Internacional e do Coudet. Mas são esses detalhezinhos que fizeram a diferença no jogo.

Além dos lances capitais, Daronco cometeu vários erros disciplinares durante a partida. Faltaram cartões para jogadores das duas equipes, principalmente em faltas que mataram contra-ataques e em atitudes desleais, como o braço de Renê no rosto de Villasanti, que teve sangramento no nariz, e o descontrole de Reinaldo, pivô da confusão generalizada nos acréscimos do segundo tempo, juntamente com Bustos.

Ao final do jogo, os jogadores do Grêmio, tanto titulares quanto reservas, cercaram Daronco e reclamaram muito assim, como Renato. O árbitro e seus auxiliares Rafael da Silva Alves e Maira Mastella Moreira saíram de campo com grande escolta da Brigada Militar.

Foto de Nícolas Wagner

Nícolas WagnerSetorista

Gaúcho, formado em jornalismo pela PUC-RS e especializado em análise de desempenho e mercado pelo Futebol Interativo. Antes da Trivela, passou pela Rádio Grenal e pela RDC TV. Também é coordenador de conteúdo da Rádio Índio Capilé.
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