Sergio Ramos e Kurzawa no Corinthians não são delírios coletivos; veja o que sabemos

Com a contratação de Memphis Depay, o Corinthians abriu margem para a chegada de outros atletas de renome no futebol europeu. 

Nos últimos dias, o zagueiro espanhol Sergio Ramos e o lateral-esquerdo francês Layvin Kurzawa foram oferecidos ao Timão. 

Mesmo considerando as operações difíceis de serem concretizadas, o clube alvinegro não fechou as portas e definiu condições para transformar as conversas informais em negociações. 

Ainda que ambos os atletas ofertados estejam livres no mercado e, portanto, chegariam sem custos caso fossem contratados, eles demandam um alto investimento em salários e luvas, fazendo com que a folha corintiana inflasse. 

Desta forma, o Timão só considera a contratação de Ramos e Kurzawa se eles toparem um modelo de negócio em que os salários fossem pagos através produtividade. 

Nesse caso, a parte financeira ficaria relacionada ao desempenho coletivo da equipe alvinegra, com os pagamentos sendo arcados através das premiações que o time receberia. 

Com a folha salarial no limite, de acordo com a interpretação da própria diretoria corintiana, não há margem de pagar quantias milionárias para novas contratações. 

As informações sobre o oferecimento da dupla estrangeira foram publicadas pela Itatiaia e o jornalista Samir Carvalho.

Publicado por @corinthians

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Alternativas usadas em outras ocasiões estão descartadas no momento

Nem mesmo a tentativa de um investidor ou uma contratação nos moldes de Depay, com a participação em ações comerciais e de marketing, são consideradas, pelos seguintes motivos. 

A direção corintiana vê grandes riscos em contar integralmente com alguma empresa parceira para pagar reforços com os status de Sergio Ramos e Kurzawa. 

Essa alternativa desta vez é considerada diferente em relação ao acordo corintiano com a Esportes da Sorte, que é patrocinadora máster do clube e bancará boa parte dos salários de Depay. Com a casa de apostas, o investimento em uma contratação de impacto faz parte do contrato, que possui resguardo jurídico e garantias financeiras envolvidas. 

Agora, o Corinthians sabe que não tem mais credenciais para fazer movimentações ousadas no mercado, já que tem uma dívida que ultrapassa os R$ 2 bilhões. 

Além disso, se escorar em um investidor é visto como um risco de um novo “Caso Taunsa”, empresa que assumiu os custos da contratação do volante Paulinho, em 2022, mas deu um “calote” no clube.

A opção de um acordo de parceria com o próprio atleta em ações comerciais e de marketing também não é considerada, pelo receio do formato ser gasto e que o teto financeiro esperado para bancar o reforço não seja atingido. 

A diretoria do Corinthians entende que o modelo é bom para incorporar determinados negócios, mas não que ele seja a única opção de pagamento. 

Contratação de Depay deu entrada para o Corinthians na Europa

O papel de Fabinho Soldado foi fundamental para o começo da operação que culminou na contratação de Memphis Depay. E isso fez com que o Timão ganhasse um trunfo para monitorar o mercado europeu. 

O executivo de futebol corintiano abriu margem com alguns intermediários brasileiros que atuam no Velho Continente. 

Um, em especial, com grande abertura na Europa já tinha boa relação com Soldado, o que tem facilitado nas movimentações mais arrojadas do Corinthians recentemente. 

A ida de Fabinho para a Holanda, para acompanhar a finalização do contrato de Depay, também ajudou com as indicações recentes. 

O clube considera a contratação de um zagueiro e lateral-esquerdo, posições de Sergio Ramos e Kurzawa, respectivamente, ainda que essas aquisições não sejam vistas como prioridade no momento. 

Na zaga, uma incorporação no elenco seria importante por conta do esquema com três defensores que tem sido usado pelo técnico Ramón Díaz. Já a lateral, é um setor considerado carente desde o início da temporada. 

Porém, o treinador corintiano tem gostado das atuações recentes Matheus Bidu, que tem ganhado espaço nos últimos jogos.