Entre lesões e desgastes, entenda como Ramón pretende gerir elenco do Corinthians

Mesmo com a classificação do Corinthians às quartas de final da Copa do Brasil, a prioridade da equipe na temporada será o Campeonato Brasileiro. 

Com o grande objetivo de se distanciar o máximo e mais rapidamente possível da zona do rebaixamento, o técnico Ramón Díaz e a sua comissão terá como grande missão gerir o elenco em meio a uma maratona de jogos. 

Em oito dias de agosto, por exemplo, a equipe alvinegra já foi a campo duas vezes e o calendário prevê mais cinco jogos no mês. 

Problemas físicos é o grande fantasma do Corinthians em meio a maratona

Nas últimas semanas, o Timão perdeu alguns jogadores por problemas físicos.

Yuri Alberto passou por uma cirurgia para a retirada da vesícula biliar e só retornará às atividades em três semanas;

Alex Santana sofreu uma lesão de grau três no músculo posterior da coxa esquerda durante o empate com o Juventude, no último domingo (4), pelo Brasileirão, e ficará afastado por, pelo menos, três meses. 

No caso de Alex, além do longo período que o jogador ficará afastado, a lesão tem um impacto grande porque o volante é um reforço contratado recentemente pelo Corinthians e que vinha se encaixando perfeitamente no esquema de Ramón Díaz. 

Outra contratação que estreou recentemente no Timão e já assustou a todos no clube é o também meio-campista Charles. 

Sentindo dores na coxa esquerda, o camisa 8 foi substituído no segundo tempo da partida contra o Grêmio, nesta quarta-feira (7), em Curitiba, que rendeu a classificação corintiana às quartas de final da Copa do Brasil nos pênaltis. 

Exames realizados na reapresentação do elenco do Corinthians nesta quinta-feira (8), no entanto, não constataram lesão.

Ainda assim, Charles será avaliado pelos departamentos médicos e físicos nos próximos dias para saber se haverá condição dele ser relacionado no duelo deste sábado (10), contra o Red Bull Bragantino, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão. 

Para minimizar riscos, Ramón pretende usar receita conhecida

Soma-se a quantidade de jogos, os problemas de desfalques e o pouco tempo de trabalho, o técnico Ramón Díaz apostará no rodízio para gerir o elenco corintiano. 

Embora não goste do termo, o treinador, que já costuma escalar as suas equipes conforme os adversários, não pretende definir uma equipe titular neste momento. 

Por isso, todo o elenco corintiano tem realizado os mesmos trabalhos no dia a dia de treinamentos. 

Até mesmo as atividades regenerativas, onde os jogadores que atuaram por mais de 45 minutos no dia anterior fazem somente trabalho interno, possuem teor tático. 

Ramón costuma dividir o elenco em grupos onde cada um trabalha determinado aspecto com os seus auxiliares. O treinador costuma mais observar. As instruções mais efusivas geralmente são de Emiliano Díaz. 

O técnico corintiano também é adepto das conversas individuais e apresentações de vídeos. 

Antes das partidas, a comissão sempre separa um tempo para apresentações de vídeos com correções de jogos anteriores e também de pontos fortes e fracos dos adversários. 

Outra situação constante é a conversa entre Ramón, Emiliano e algum jogador. O treinador possui algumas referências visíveis no elenco e gosta muito de conversar com esses atletas para ter diagnósticos dos trabalhos. Fagner, André Ramalho, Rodrigo Garro e Romero são alguns desses jogadores. 

Linha de três ou quatro na defesa?

As mudanças por necessidade, seja por lesões ou suspensões, e as diferenças características dos adversários também vão interferir no modelo de jogo apresentado pelo Corinthians a cada partida. 

O esquema com três zagueiros será utilizado com certa constância, principalmente quando a equipe precisar proteger mais o seu sistema defensivo ou até mesmo em situações em que quiser liberar mais o seu meio-campo usando somente um volante.

A tendência, no entanto, é que na maioria das vezes o Timão atue com dois volantes atuando lado a lado, no intuito de dar liberdade para Rodrigo Garro estar o mais próximo possível dos atacantes. 

Na frente, a ideia é montar equipes com dois jogadores atuando por dentro, já que Ramón prefere um meio-campo preenchido do que constantes jogadas pelos lados.