Campanha ofensiva do Corinthians no Brasileirão respalda pedido de Ramón
Timão é o time que fez gols em menos jogos na competição nacional e está em busca de atacantes no mercado para resolver esse problema
O empate em 0 a 0 com o Fluminense, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, no último sábado (17), foi o 11º jogo em que o Corinthians não fez gol no Brasileirão.
Isso significa que até o momento o Timão passou em branco em pouco menos da metade das partidas, já que a equipe alvinegra não marcou em 47,82% dos compromissos na competição nacional. O percentual é o pior entre os 20 times que disputam o Brasileiro.
Considerando os jogos da temporada por todas as competições que o Corinthians disputa ou disputou (Paulistão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão), a estatística diminui para 37,5%, mas não tira os corintianos da lanterna em comparação com os outros times que disputam a elite do futebol nacional.
Esse aproveitamento ruim do setor ofensivo do Timão respalda o pedido que o técnico Ramón Díaz fez à diretoria nos próximos dias: o investimento em atacantes.
O primeiro reforço já chegou ao Brasil, mas Ramón quer mais
Motivado pela quantidade de gols perdidos em meio a inúmeras chances criadas, o técnico corintiano pediu para a diretoria intensificar a busca por atacantes nos últimos dias.
E a resposta foi rápida, com o clube alvinegro chegando a um acordo com o espanhol Héctor Hernández, que chegou ao Brasil no último sábado (17), já realizou exames médicos e deve ser anunciado nesta semana, após a resolução de alguns detalhes burocráticos.
Hernández não estava na lista de atletas indicados por Ramón Díaz, mas o treinador deu o aval para a contratação após ser convencido pelos números do atacante nas duas últimas temporadas defendendo o Chaves, de Portugal.
Em 58 jogos, o espanhol marcou 21 gols, sendo 14 deles na última temporada, encerrada em maio.
Ainda assim, Ramón Díaz deseja mais jogadores para o setor ofensivo, que nesta janela de transferências já teve Talles Magno contratado.
Além do excesso de gols perdidos, o treinador também se preocupa com a quantidade de jogos do Corinthians, que disputa três competições ao mesmo tempo: Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana.
O intuito do comandante corintiano é que o novo reforço para o ataque seja versátil e possa atuar pelos lados e, também, por dentro, já que Ramón escala o Timão de acordo com os adversários e alterna esquemas com dois e três atacantes.
O departamento de scout tem analisado o mercado, enquanto o executivo de futebol pretende manter as suas movimentações até o fechamento da janela de transferências, no dia 2 de setembro.
Corinthians cria, mas não marca
Antes da chegada de Ramón Díaz, o grande problema do Corinthians era o potencial de criação. Porém, com a chegada do técnico argentino as oportunidades começaram a surgir.
De acordo com o SofaScore, foram 30 grandes chances de gol criadas nas 10 partidas da equipe alvinegra com o treinador. Média de três por partida.
Ainda assim, foram 10 gols marcados no período, aproveitamento de somente 33,3%. Número inferior do que com António Oliveira, técnico anterior, que era de 41,3%.
A principal mudança em relação aos técnicos está justamente no setor de criação.
Ramón usa o meia Rodrigo Garro como enganche, o meio-campista que joga centralizado, próximo dos atacantes, a fim de transportar as bolas aos homens de frente. Com António, o argentino atuava mais aberto pelo lado direito.
Com Ramón, o camisa 10 deu 27 passes decisivos em 10 partidas, sendo que um deles terminou em assistências. Além disso, Garro tem um gol marcado no período.