Corinthians deixa claro posição final sobre Dorival Júnior em reunião decisiva
Timão deixou claro que não entrará em leilão pelo treinador, manteve proposta e aguarda resposta do profissional nesta sexta-feira (25)

O Corinthians não pretende mover novos esforços para contratar o técnico Dorival Júnior. Logo após a vitória do clube alvinegro sobre o Racing (URU), pela Conmebol Sul-Americana, nesta quinta-feira (24), o executivo de futebol Fabinho Soldado se reuniu com Edson Khodor, empresário do treinador, em um hotel localizado na Grande São Paulo.
A conversa tratou quase que integralmente sobre questões financeiras. Conforme antecipado pela Trivela, o Timão não aumentou a oferta que já tinha sido alinhada com Dorival Júnior, em um diálogo que aconteceu na terça-feira (22), em Florianópolis, antes do envolvimento de Khodor.
O clube não quer entrar em leilão e está decidido a encerrar a negociação em caso de retorno negativo do estafe do técnico nesta sexta-feira (25). Durante a quinta-feira (24), outros nomes foram discutidos pela diretoria corintiana como alternativa caso não haja acerto com Dorival Júnior.
Luís Castro é uma opção prestigiada pela alta cúpula corintiana. No entanto, a reportagem escutou de uma pessoa que integra o estafe do treinador português que o profissional não deseja trabalhar no Brasil atualmente. Não é do desejo da família de Castro voltar a morar em território brasileiro.
Além disso, o técnico recebe até o meio do ano uma multa rescisória do Al-Nassr, da Arábia Saudita. Caso assuma o comando de outro clube, o técnico lusitano não somente deixaria de receber a quantia como teria que devolver parte do que já foi pago em outros meses.
Entrave financeiro é o principal empecilho entre Corinthians e Dorival Júnior
Desde a entrada de Edson Khodor nas tratativas com o Corinthians, na noite desta quarta-feira (23), as partes deixaram de estar em alinhamento. E a questão financeira é o grande entrave.
Para o representante de Dorival Júnior, era necessária a inclusão de valores referentes a bonificações, premiações e comissões no acordo.
O Timão, por sua vez, entendeu que isso elevaria o salário do técnico para um padrão superior ao teto do clube.
A diretoria corintiana não deseja fugir muito do investimento mensal que era feito pela comissão técnica antiga, liderada pelo argentino Ramón Díaz. Adequar o negócio à realidade financeira do clube é algo irredutível para a direção do Corinthians.
Além disso, o próprio Dorival Júnior acenou o acordo dentro do limite orçamentário do Timão durante as conversas com Fabinho Soldado na terça-feira (22) e o período da tarde da quarta-feira (23).
De todo modo, o estafe do treinador entende que a negociação, de fato, só iniciou após a entrada de Edson Khodor, que é o responsável pelos acordos financeiros e detalhes burocráticos.

Para os representantes de Dorival Júnior, as tratativas conduzidas por Fabinho não passaram de apresentação do projeto esportivo ao treinador, algo que não é visto exatamente como um movimento de operação no negócio.
O Corinthians, por sua vez, entende a situação de forma completamente diferente. Para o clube, a negociação com Dorival começou no momento que as tratativas iniciaram através de Fabinho Soldado diretamente com o treinador.
Dorival Júnior se viu empolgado em trabalhar no Corinthians, algo que não se mostrou em outros contatos, como o do Santos. O treinador vê o elenco corintiano entre os cinco melhores do Brasil e gostou do projeto esportivo apresentado pelo Timão. A ideia é que o técnico tenha contrato até o fim de 2026.
Também foi mostrado a ele que o grande objetivo do clube para o segundo semestre é conquistar um dos três campeonatos que disputa (Brasileirão, Copa do Brasil ou Sul-Americana).
Para Dorival, ser campeão na mesma temporada em que foi demitido da seleção brasileira seria algo importante para a autoestima. O profissional ficou bastante abalado com o desligamento da CBF, há menos de um mês, pois tinha o sonho de comandar o Brasil na Copa do Mundo de 2026.