Como o Corinthians lidará com os problemas na negociação com Dorival Júnior
Timão não vê negócio com ex-treinador da seleção brasileira como encerrado, mas analise alternativas no mercado

Executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado voltou de Florianópolis na manhã desta quinta-feira (24) sem o acerto com o técnico Dorival Júnior na mala.
Após contatos iniciais animadores, o negócio esfriou na noite desta quarta-feira (23), após o empresário do treinador fazer algumas exigências financeiras que não foram aceitas pelo Timão.
O Corinthians está irredutível. Não pagará os valores apresentados pelo representante de Dorival, mas não trata a negociação como encerrada.
Segundo soube a Trivela, o técnico gostou muito do projeto apresentado pelo clube alvinegro e isso é um trunfo importante para o acerto acontecer.
Segundo o relato de pessoas ouvidas pela reportagem, a estratégia corintiana foi “trucar” o outro lado ao “se retirar” das tratativas sem finalizá-las.
A expectativa é que haja um novo encontro entre Edson Khodor, empresário de Dorival Júnior, e a diretoria corintiana nos próximos dias. O intuito é que as partes encontrem um denominador em relação a valores.
Incomodado com a situação ocorrida nas últimas horas, o presidente Augusto Melo pretende participar da nova reunião, que deve acontecer em São Paulo.
Inclusive, o conceito de negociação difere entre as partes.
Para a equipe que cuida da carreira de Dorival Júnior, as tratativas começaram somente após a chegada de Edson Khodor no negócio. Antes, o que se tratou foi da apresentação do projeto corintiano ao treinador.
Já o Timão entende que desde o primeiro contato com o técnico, a negociação já havia sido aberta. Até porque o assunto sobre a parte financeira foi abordado por Fabinho Soldado com Dorival antes mesmo da chegada de Khodor na conversa.
Corinthians trabalha possível alternativa caso não feche com Dorival
Como o seguro morreu de velho, a direção corintiana discute o nome de outros profissionais que possam ser acionados caso o clube não tenha sucesso em fechar com Dorival Júnior.
Neste sentido, Luís Castro é o favorito. O português, que já dirigiu o Botafogo, é o único estrangeiro considerado pelo Corinthians até o momento.
Por não ter o idioma como empecilho e já conhecer o futebol brasileiro, ele agrada à diretoria do Timão, que procura um técnico com bagagem e que seja respeitado.
No entanto, a Trivela entrou em contato com membros do estafe de Luís Castro que afirmaram que a família do treinador não deseja retornar ao Brasil.
Para fazer qualquer movimento em direção oposta, o profissional precisaria ser convencido. E isso pode requerer cifras que o Corinthians não está disposto a investir.

Além disso, Luis Castro recebe até o meio do ano a rescisão do contrato com o Al-Nassr, da Arábia Saudita, último clube que dirigiu. Caso aceite a proposta de qualquer outra equipe, deixaria de ter os valores e ainda precisaria devolver uma parte do que foi depositado nos últimos meses.
Fábio Carille e Fernando Diniz, nomes ventilados nos bastidores, estão fora de cogitação no momento.
O primeiro, embora bastante respeitado pela diretoria corintiana, é muito rejeitado pelos torcedores. E um dos intuitos do clube é não contratar um profissional que chegue já envolto à pressão.
Já Diniz não é visto como um técnico que possui o perfil ideal para o trabalho em campo.
O intuito da direção é que o treinador contratado seja capaz de resolver rapidamente os problemas defensivos da equipe. E essa não é uma característica tida como especialidade nos trabalhos de Diniz