Como o Corinthians tenta evitar calote e se proteger de rebaixamento no contrato com Depay
Timão busca novo parceiro ou apólice para garantir precaução e manter valor em caixa valor destinado ao atacante
Ainda que esteja confiante na relação com a Esportes da Sorte, o Corinthians trabalha com a possibilidade de se assegurar quanto aos valores que a patrocinadora máster se dispôs a pagar para a viabilizar a contratação do atacante Memphis Depay.
✅ Siga a Trivela no Threads e BlueSky
Há a possibilidade do Timão buscar uma parceria paralela com outra empresa, que garantiria o valor de R$ 57 milhões, que a casa de apostas se comprometeu a aportar para a contratação do holandês.
Conseguindo esta parceria, o valor seria colocado em um caixa para caso a Esportes da Sorte apresente problemas de pagamento.
A empresa está investigada na “Operação Integration”, que avalia a possibilidade de um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas, está preso, bem como a esposa dele Maria Eduarda Filizola.
Mesmo assim, o contrato da marca com o Timão está mantido.
– A gente tem muita confiança, estamos atentos ao movimento, acreditamos no nosso patrocinador Esportes da Sorte. Estão operando normalmente. Assim como eles chegaram até nós em um momento difícil nosso. E estão cumprindo com tudo o que foi acordado. Estamos juntos com a Esportes da Sorte – disse Pedro Silveira, diretor financeiro do Corinthians, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (13), no CT Joaquim Grava.
Mecanismos jurídicos resguardam o Corinthians
Mesmo com a busca por um “plano B” para pagar Memphis Depay, a diretoria corintiana não está preocupada com “calote” ou problemas para pagar o jogador, que tem contrato com o clube até julho de 2026.
O Timão se sente resguardado juridicamente para receber um valor suficiente para bancar o atleta em caso de ruptura unilateral do contrato através da casa de apostas.
Mas como toda e qualquer operação jurídica demanda tempo e outros esforços, o Corinthians quer ter uma segurança em caixa para o caso de haver algum problema.
Essa precaução foi uma das garantias financeiras apresentadas ao estafe de Depay durante as negociações.
As tratativas com o holandês iniciaram através do executivo de futebol Fabinho Soldado e passaram pelo secretário-geral Vinicius Cascone e o diretor financeiro Pedro Silveira.
Ainda que algumas indicações tivessem partido de intermediários brasileiros, a negociação não teve participação de terceiros e foi costurada diretamente com o estafe de Memphis Depay.
O jogador tem uma equipe jurídica e financeira que lhe dá suporte, mas é quem dá a palavra final em todas as movimentações profissionais.
Cláusula sobre rebaixamento
O contrato entre Corinthians e Depay tem validade até julho de 2026, mas em caso de rebaixamento do clube alvinegro à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, há uma cláusula que dá direito ao vínculo ser rompido sem pagamento de multa.
O próprio Timão foi quem apresentou essa possibilidade, que foi aceita pelo jogador.
– A questão do rebaixamento, caso ocorra, foi proposta pelo Corinthians e aceita pelo jogador para ficar bom para ambos lados, sem prejuízos, pelo lado contrário, e sem multa – afirmou Pedro Silveira.
O valor fixo do contrato de Depay é de R$ 70 milhões, onde o pagamento de R$ 57 milhões é de responsabilidade da Esporte da Sorte e R$ 13 milhões do Timão, que tem um acordo com o próprio atleta de que fará essa composição financeira através da participação do profissional em lucros em cima de acordos comerciais entre o clube e o jogador.