Depay se anima com ‘projeto Ronaldo’ e Corinthians impõe limite em negociação
Jogador gostou da possibilidade de ser 'sócio' do clube, que tem pressa para concluir a operação
Memphis Depay está animado com a possibilidade de virar uma espécie de “sócio” do Corinthians.
Conforme antecipado pela Trivela nesta quinta-feira (5), um dos modelos de negócios estudados pelo Timão para a contratação do atacante holandês era a participação do atleta nos lucros em cima das ações de marketing que serão promovidas, caso ele aceite defender a equipe alvinegra.
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O formato foi inspirado no que trouxe Ronaldo ao Corinthians em 2009, mas considerando as mudanças do mercado e até mesmo o perfil dos atletas – já que o próprio Fenômeno já era empresário e foi ele próprio o responsável por amarrar alguns negócios.
Ainda assim, Depay não decidiu se vai vestir a camisa corintiana nesta temporada.
Ele tem propostas para ficar na Europa, mas em equipes de menor expressão. Além disso, também há o interesse de clubes do Oriente Médio que estão dispostos a manter o padrão salarial que o atacante tinha no Atlético de Madrid (ESP), seu último clube.
Nos Colchoneros, Depay recebia em torno de R$ 4 milhões. Agora, ele não aceita ganhar menos de R$ 3 milhões.
A proposta corintiana é de R$ 2,5 milhões mensais em um contrato de dois anos.
Não há margem para que a equipe alvinegra aumente a oferta, pois o intuito que a maioria deste pagamento seja usando a verba destinada pela patrocinadora máster, a “Esportes da Sorte”, para a contratação de um jogador com impacto midiático.
Publicado por @memphisdepayVer no Threads
“Caso Deolane” não assusta o Corinthians
Nos últimos dias, o Timão foi bombardeado de problemas que chegaram a atrapalhar o andamento das negociações com Memphis Depay.
Um deles foi o envolvimento da patrocinadora corintiana na “Operação Integrator”, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Entre os presos nesta operação estão a advogada, empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra, Dawvin Henrique da Silva Filho, dono da “Esportes da Sorte”, e a esposa dele Maria Eduarda Filizola.
O Corinthians, no entanto, se vê resguardado juridicamente para utilizar os R$ 57 milhões previstos em contrato para a contratação de um jogador. A equipe do Parque São Jorge deve incorporar o restante, que será, no máximo, mais R$ 5 milhões.
O dinheiro liberado pela casa de apostas será usado para bancar os salários e as luvas (premiação pela assinatura do contrato) de Depay, caso ele assine com o Timão.
Como o holandês não possui vínculo com clube algum, o negócio seria sem custos de operação e o atleta estaria disponível para ser registrado mesmo após o fechamento da janela de transferências no Brasil, que foi na última segunda-feira (2).
Corinthians impõe limite para fechar com Depay
Como deseja inscrever o atacante holandês na Sul-Americana, o Corinthians pretende fechar o negócio com Depay ainda na primeira quinzena de setembro.
Portanto, essa sexta-feira (6) tende a ser um dia importante para que o rumo da negociação seja desenhado.
Caso Depay aceite o modelo de negócio, no qual receberia R$ 2,5 milhões fixos mais a participação de lucro em ações comerciais, o negócio vai avançar. Ao contrário, o Timão deve se retirar das tratativas.
Mesmo com o valor oferecido pelo Timão sendo menor do que o jogador deseja receber, ele passaria a ter o maior salário do futebol brasileiro, caso seja contratado pelo clube alvinegro
Ainda que mensalmente a oferta corintiana corresponda a uma diferença pequena, de R$ 500 mil, isso significa R$ 12 milhões em dois anos, quantia que excede ao caixa corintiano, já que o intuito é que a maior parte do investimento seja através da verba destinada pela “Esportes da Sorte”.
O Timão chegou a propor um modelo de negócio no qual Depay participaria dos lucros nas ações comerciais em que estivesse envolvido. Ele até achou a possibilidade interessante, mas sem abrir mão dos R$ 3 milhões de salário.