Copa do Brasil
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O Grêmio de novo frustrou o Bahia no fim, agora com o valioso empate pela Copa do Brasil

Bahia parecia ter o triunfo nas mãos, mas o Grêmio volta da Fonte Nova com um empate ótimo arrancado nos acréscimos

Bahia e Grêmio fizeram um dos melhores jogos do final de semana no Brasileirão. A partida cheia de alternativas na Fonte Nova terminou com o triunfo gremista no finalzinho. Nesta terça, o estádio recebeu o reencontro entre os times, agora pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. Não seria um jogo de tanta qualidade, mas o Bahia parecia capaz de conseguir a revanche. Os baianos abriram o placar e apresentaram consistência. Todavia, o Grêmio de novo mostrou capacidade de reação no final e, desta vez, arrancou o empate nos acréscimos do segundo tempo. O placar de 1 a 1 é muito bom, pelas circunstâncias, antes da volta em Porto Alegre.

Primeiro tempo de poucas chances

O Grêmio teve uma péssima notícia antes que a bola rolasse: escalado como titular, Luis Suárez sentiu lesão e deixou o time. Os primeiros minutos na Fonte Nova não tinham muitos espaços. As equipes adiantavam a marcação e atrapalhavam a construção. O Bahia se soltou um pouco mais a partir dos dez minutos. Passou a se postar no campo de ataque, mas ainda sem levar muito perigo. No máximo, Everaldo teve um chute sem direção para fora. Já a primeira chegada dos gremistas veio só depois dos 20 minutos, num chute de longe de Vina. Marcos Felipe espalmou sem grandes problemas.

Não era uma partida exatamente vistosa. O duelo se concentrava na intermediária e faltava um pouco mais de lucidez na hora de arriscar. Assim, as oportunidades se limitavam a chutes de longe. Cauly quase acertou o pé aos 30, numa batida forte que Gabriel Grando rebateu. Kayky era quem tentava dar um pouco mais de qualidade ao Bahia, com as investidas pelo lado esquerdo. Enquanto isso, o Grêmio não encaixava seu jogo contra uma defesa segura. João Pedro até buscou um lance individual antes do intervalo, mas o arremate saiu ao lado da meta. O primeiro tempo ficava bem abaixo do que se viu pelo Brasileirão, no final de semana.

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Um gol cedo e o empate no final

A partida esquentou na volta do intervalo, mesmo com Cauly substituído por lesão. O Bahia abriu o placar aos dois minutos, num contra-ataque imparável. Kayky passou para Ademir na esquerda e o atacante rolou para trás. Everaldo chegou como elemento surpresa na área e bateu de primeira, para tirar do alcance de Gabriel Grando e balançar as redes. João Pedro tentou o troco do outro lado e Marcos Felipe fez a defesa. Enquanto isso, Kayky chamava o jogo e causou alvoroço num lance individual em que passou por Walter Kannemann, antes de se estranhar com Felipe Carballo. Na cobrança de escanteio posterior, Gabriel Xavier cabeceou para fora.

O Grêmio tentou se impor no campo de ataque na sequência do segundo tempo, mas seguia com dificuldades para quebrar as linhas. E era preciso tomar cuidado com os contragolpes do Bahia. Aos 28, Ademir limpou a marcação e bateu com desvio para fora. Apesar do susto, a reta final seria disputada no campo de ataque gremista. O time ganhou novo gás com as entradas de Cuiabano e Ferreira, mas a defesa baiana seguia soberana. Os anfitriões travavam as jogadas e também gastavam o tempo quando conseguiam ir para o campo de ataque.

O Grêmio, entretanto, achou o empate no momento final. O gol dos gaúchos saiu aos 50 minutos, em dilatados acréscimos. O passe infiltrado veio pela esquerda, com Bitello servindo Reinaldo. Marcos Felipe foi mal no lance e não desviou o cruzamento rasteiro o suficiente. Cuiabano estava atento dentro da área e definiu com a meta escancarada. Ainda havia tempo para os dois times buscarem a vitória, com suspiros esporádicos, mas nada de concreto para mudar a história do jogo.

O resultado é amargo para o Bahia, diante do triunfo que estava nas mãos. Não será simples buscar a classificação na visita a Porto Alegre, até pela fase do time. Enquanto isso, o Grêmio sabe que o empate no final é lucro. Os gaúchos não fizeram uma atuação tão inspirada, mas evitaram o prejuízo e se viraram sem Suárez.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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