Copa do Brasil

O Galo ganhou! Atlético Mineiro reforça domínio avassalador em 2021 e conquista o bi na Copa do Brasil

Após conquista do segundo título no Campeonato Brasileiro, Galo conquista sua segunda Copa do Brasil em um ano que foi melhor que qualquer outro time no Brasil

O Galo Ganhou! A frase se tornou um mantra nos últimos meses e mais uma vez pode ser repetida nesta quarta-feira à noite. Em uma apoteose que fechou o ano do futebol brasileiro, o Atlético Mineiro reforçou o seu domínio no futebol do país com o segundo título da Copa do Brasil contra o Athletico Paranaense, em Curitiba. Após vencer por 4 a 0 o jogo de ida, venceu por 2 a 1 também na volta e garantiu o título. É a terceira taça do clube do ano: estadual, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. É sua segunda Copa do Brasil na história: em 2014 conquistou a primeira.

Festa nas arquibancadas

O Athletico Paranaense tinha uma missão duríssima, é verdade, mas a torcida fez a sua parte no Estádio Joaquim Américo, a famosa Arena da Baixada. Muito antes do jogo já fazia barulho, cantava e lotou as arquibancadas. Fez a festa merecida para um time que tem um ano marcante em sua história com a conquista da Copa Sul-Americana pela segunda vez.

As escalações

Os dois times tinham desfalques em relação ao primeiro jogo. O Athletico Paranaense não teve o capitão Thiago Heleno, suspenso. No seu lugar, entrou Zé Ivaldo e o técnico Alberto Valentim renunciou ao esquema de três zagueiros, com Nicolás Hernández no banco. Christian voltou ao time para atuar ao lado de Erick e Léo Cittadini. Nikão também não pôde jogar, machucado, e quem entrou no seu lugar foi Pedro Rocha.

No Galo, Diego Costa, machucado, ficou fora não só do time titular, mas também do banco. Assim, quem entrou em seu lugar foi Eduardo Vargas, que entrou no primeiro jogo e marcou dois gols. No mais, o mesmo time que entrou em campo no domingo, quando venceu por 4 a 0 e criou a imensa vantagem.

Primeiro tempo

O jogo começou com uma entrada muito dura. Jair tomou uma rasteira de Christian, uma entrada que gerou muitas reclamações. O árbitro Anderson Daronco já teve trabalho logo no início. Eram menos de dois minutos quando a primeira confusão se formou. Eram cinco minutos quando Jair tomou a segunda em um lance de meio-campo, desta vez de Renato Kayzer.

Foram poucos minutos de futebol jogado. Só disputas, brigas, divididas. Parecia até estratégia do Furacão para tentar causar um desequilíbrio no Galo. Nada aconteceu. O jogo era quente, brigado, muitas divididas, mas nada de chances.

Gol anulado

Eram 18 minutos quando Cittadini recebeu na direita, puxou para o meio e cruzou para a área, Pedro Rocha tentou o cabeceio, errou, mas a bola sobrou para ele mesmo aproveitar e colocar no fundo da rede. Era o gol do 1 a 0, não fosse por um toque na mão do atacante Pedro Rocha. O gol foi anulado.

Galo abre o placar

Logo depois, aos 25 minutos, o Atlético Mineiro saiu em um contra-ataque rápido, Eduardo Vargas puxou o ataque pelo meio, abriu na direita para Matías Zaracho, que ameaçou o chute, mas rolou para o meio onde estava Keno, que tocou para marcar o gol: 1 a 0. Um imenso balde de água fria para a torcida do Furacão.

Keno comemora seu gol (Getty Images / OneFootball)

Bola do Athletico, nada de gol

Como era de se esperar, o Athletico tinha mais a bola, mas pouco conseguia chegar ao ataque. Era o Galo quem ameaçava mais e, logo depois do gol, ainda teve a chance de ampliar em uma jogada de Hulk, que cortou a marcação e deu um toque por cima do goleiro, mas mandou fora. Uma chance clara, mas quem precisava mesmo fazer gols era o time da casa.

Aos 41 minutos, Renato Kayzer sentiu o tornozelo e precisou deixar o jogo. Foi substituído por Vinicius Mingotti. O atacante vinha sendo uma figura importante do Furacão ao longo do ano, mas entrou muito nervoso na partida, já tinha cartão amarelo e corria algum risco de ser expulso se permanecesse em campo. Acabou que se machucou e precisou sair antes que isso acontecesse.

Já no fim do primeiro tempo, Keno recebeu na ponta esquerda, em velocidade, e avançou até dentro da área para finalizar, mas a bola foi fora. Foi o último lance do primeiro tempo.

Segundo tempo

O Athletico Paranaense trouxe duas mudanças no segundo tempo. Saíram os meio-campistas Leo Cittadini e Christian e entraram Jader e Fernando Canesin. As alterações melhoraram o time. Canesin apareceu muito bem no jogo, desarmando e chegando ao ataque. Fez o goleiro Éverson trabalhar em um chute de fora da área.

Mais um gol anulado

Aos 10 minutos de jogo, Vinicius Mingotti recebeu dentro da área, girou e chutou para marcar o gol do Furacão, mas novamente o tento seria anulado. Desta vez, por impedimento do ataque: ele estava com o ombro à frente do marcador e a posição irregular foi marcada ainda em campo – e revisada pelo VAR, confirmando a decisão.

Golaço de Hulk

Os dois times sabiam que a partida estava decidida, mas veio a cereja do bolo para o Galo. Eram 29 minutos quando Jefferson Savarino, que tinha entrado poucos minutos antes, fez um passe preciso e lindo para Hulk, nas costas da defesa. O camisa 7 deu um toque lindo, com uma cavadinha, e colocou por cima do goleiro Santos. Golaço do atacante, artilheiro da Copa do Brasil com oito gols. No total do ano, foi o 36º gol do paraibano, uma marca impressionante.

Torcida do Athletico faz a festa (Getty Images / OneFootball)

Torcida do Furacão grita alto

A derrota estava certa, o título estava perdido, mas a torcida do Athletico Paranaense não parou de gritar, apoiar o time, fazer festa e mostrar uma festa linda nas arquibancadas. Apesar da derrota, o ano do Furacão é histórico. Mais um título na conta e um time que chegou a mais uma decisão na Copa do Brasil. Perdeu, mas a torcida reconheceu o que o time fez ao longo do ano e o que tem feito nos últimos anos. Com 34.904 torcedores nas arquibancadas – pequena parte deles do Galo –, o que se via no estádio era uma torcida que celebrava o próprio time.

Gol de honra

Eram 41 minutos quando o Galo bobeou, desconcentrou e Éverton saiu jogando errado, o Furacão retomou e, em um cruzamento para a área do lateral Abner, Jaderson tocou de cabeça para marcar e reduzir o placar para 2 a 1. A torcida celebrou muito o gol do jogador, mais do que ele próprio, que só voltou ao centro do gramado para retomar o jogo.

Cuca, técnico do Atlético Mineiro (Getty Images / OneFootball)

Festa do Galo

A torcida do Galo gritava “bicampeão” antes mesmo do fim do jogo. Eram 20 minutos do segundo tempo quando os gritos já ecoavam no estádio Joaquim Américo. O jogo estava decidido, a Copa do Brasil também. A torcida já fazia a festa, em Minas Gerais e em todo Brasil. Foram minutos de puro delírio atleticano, vendo o tempo passar enquanto esperava o momento de ser consagrado campeão.

As três conquistas do Atlético Mineiro na temporada 2021 igualam um feito muito celebrado pelo rival Cruzeiro, que fez o mesmo em 2003. Consegue títulos que levam a imaginar que o time pode ir além do que já foi. Com um elenco forte, um time bem treinado e muitos talentos capazes de decidir, o Galo tem perspectivas ótimas para brigar novamente por todos os títulos em 2022.

Isso, porém, é conversa para depois. A festa do Galo não tem hora para terminar e vai ser daqui até o ano novo. O Galo é o time do ano no Brasil. Nos campeonatos nacionais, o Clube Atlético Mineiro foi dominante, prevaleceu com sobras no Brasileirão e na Copa do Brasil. Consagra jogadores como Junior Alonso, Guilherme Arana, Allan, Jair, Zaracho, Hulk e Keno, que foram mais uma vez muito bem. Coloca Cuca entre os maiores técnicos da história do clube, se não o maior.

O futebol brasileiro de 2021 tem o Clube Atlético Mineiro como o grande time do ano, uma jornada histórica e que será lembrada eternamente pelos torcedores. Os jogadores entraram para a história e isso não tem preço.

Os gols:

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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