Copa do Brasil

Vitória no sufoco não pode mascarar atuação desastrosa do Inter contra time de Série D

Colorado joga mal no Beira-Rio, mas vence Maracanã com gol nos acréscimos

Considerado um dos melhores times do futebol brasileiro (com justiça) em 2025, o Internacional foi irreconhecível na noite desta terça-feira (29). Em jogo válido pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, a equipe gaúcha passou sufoco para vencer o modesto Maracanã, da Série D, em pleno Beira-Rio. Nos acréscimos, Gustavo Prado garantiu o triunfo.

Apatia, erros de passe, cruzamentos forçados e pouquíssima inspiração. Reconhecido por sua organização tática, transição bem feita e triangulações envolventes, o time de Roger Machado seguiu cartilha inversa dessa vez: não soube envolver o adversário, foi presa fácil para a defesa e irritou seu torcedor.

Substituto de Alan Patrick (poupado até metade do segundo tempo), Óscar Romero teve atuação discreta. No ataque, Wesley até tentou, mas não estava em noite inspirada. Vaiado durante a partida e quando substituído, Enner Valencia, que chegou ao sétimo jogo sem balançar as redes, foi um dos piores em campo.

E até mesmo Alan Patrick, ídolo e melhor jogador do Inter em 2025, não escapou do pesadelo colorado. Já na reta final do duelo, o meio-campista perdeu pênalti, uma de suas principais especialidades.

Vaias no Beira-Rio e críticas veementes nas redes sociais. Apesar do título gaúcho e do bom começo de temporada do Inter, o torcedor colorado não perdoou o show de horrores diante do time cearense.

Como foi a vitória do Inter sobre o Maracanã

Foi um primeiro tempo decepcionante do Internacional. A equipe colorada teve o controle quase que absoluto das ações, mas abusou das bolas alçadas na área e encontrou muita dificuldade para furar a retranca do Maracanã. Desde o pontapé inicial, a proposta de jogo do time cearense ficou bem clara: se defender e “sobreviver” para a partida de volta.

Apesar do volume ofensivo, o Inter colocou o goleiro Rayr para trabalhar apenas uma vez durante toda a etapa inicial — defendeu chute à queima-roupa de Aguirre. E quando o Colorado finalmente balançou as redes, o gol acabou anulado por impedimento de Wesley. Empate parcial e vaias da torcida.

Veio o segundo tempo, e as coisas não melhoraram. Bem postada, a defesa do Maracanã brecava qualquer tentativa afobada dos colorados. Na área técnica, a cara de poucos amigos de Roger Machado ilustrava bem a noite apática de seus comandados.

Somente aos 27 minutos, o Inter voltou a ter chance clara para marcar. Wesley foi derrubado na área, e o árbitro não titubeou. Pênalti. Alan Patrick cobrou rasteiro, no canto esquerdo, e parou em Rayr. Definitivamente não era a noite do clube gaúcho, que ainda conseguiria seu gol. Nos acréscimos, após bate e rebate na área, Gustavo Prado encheu o pé e desafogou os 16 mil colorados presentes no Beira-Rio.

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E agora, Inter?

Com a vitória no Beira-Rio, o Inter joga por um empate no Ceará para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil. Antes do jogo de volta, no entanto, o Colorado tem compromissos importantes pelo Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores.

A equipe de Roger Machado volta a campo no próximo sábado (3), quando enfrenta o Corinthians, pela sexta rodada do Brasileirão. A bola rola a partir das 18h30 (horário de Brasília), na Neo Química Arena.

Próximos jogos do Inter

  • Corinthians x Internacional — Campeonato Brasileiro — sábado, 3 de maio, às 18h30 (horário de Brasília)
  • Atlético Nacional x Internacional — Copa Libertadores — quinta-feira, 8 de maio, às 21h30 (horário de Brasília)
  • Botafogo x Internacional — Campeonato Brasileiro — domingo, 11 de maio, às 20h (horário de Brasília)
Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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