Tudo que o pressionado Caixinha precisa saber sobre o Bahia para amenizar cobranças no Santos
Duelo deste domingo (6) irá marcar o primeiro reencontro de Jean Lucas com a sua ex-equipe
Após a derrota de virada para o Vasco, por 2 a 1, na estreia do Campeonato Brasileiro, o Santos volta a campo às 20h30 (horário de Brasília) deste domingo (6) para enfrentar o Bahia, na Vila Belmiro. E o confronto é de extrema importância para que o técnico Pedro Caixinha amenize a pressão sob o seu trabalho.
Apesar de estarmos na 2ª rodada da competição, o resultado e o desempenho santista em São Januário desagradaram o presidente Marcelo Teixeira, que, publicamente, cobrou os três pontos diante do Tricolor baiano.
Para entender as dificuldades que os comandados de Rogério Ceni irão impor e até para colaborar com o Caixinha, a Trivela fez um diagnóstico do estilo de jogo do Bahia, que atua distribuído no 4-3-3.
A CBF definiu, nesta quinta-feira, a equipe de arbitragem para o confronto entre Santos x Bahia, na Vila Belmiro, domingo, às 20h30, pelo Brasileirão
— Bruno Lima (@unollima) April 3, 2025
🟨🟥 Árbitro: Alex Gomes Stefano (RJ)
🚩 Assistente 1: Guilherme Dias Camilo (MG)
🚩 Assistente 2: Luiz Claudio Regazone (RJ)
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Qual é a postura defensiva do Bahia?
Sem a bola, o Bahia muda a sua formação e se posiciona num 4-5-1 em bloco baixo. A partir disso, o Tricolor baiano, sem qualquer afobação, deixa o adversário circular a bola em busca de espaços até forçar um passe, com intuito de quebrar linhas ou arriscar uma jogada individual. Isso é mantido até o adversário cometer um erro e perder a posse.
Nesse 4-5-1, os extremos recuam por seus respectivos setores e, ao lado dos três meio-campistas, jogam bem abertos para dar amplitude à defesa e impedir o avanço dos atacantes adversários pelos lados do campo, que, no caso do Santos, deverão ser Soteldo e Guilherme.
Atrás dessa linha de cinco homens, o quarteto de zaga do Bahia se mantém em linha de uma ponta a outra da grande área. Em termos defensivos, é um time sólido e bem consciente, que não costuma proporcionar muitas oportunidades aos adversários.
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Como o Bahia constrói as suas jogadas?
Nas saídas de bola, Rogério Ceni permite aos laterais avançarem, enquanto Caio Alexandre se posiciona ao lado da dupla de zaga para receber a bola e iniciar as jogadas. Ele é o motorzinho do time e tem a liberdade para ficar com a bola até encontrar um companheiro bem posicionado ou avançar com ela nos pés enquanto visualizar campo para explorar.
Ainda nessa fase de construção, não é incomum ver um dos outros dois meio-campistas se aproximarem de Caio Alexandre para contribuir com essa construção.
Isso é feito com mais regularidade por Everton Ribeiro, que está suspenso em razão da expulsão diante do Corinthians. E essa ausência pode ser favorável para o Santos. Sem Everton Ribeiro, a tendência é de que Ceni aposte em Erick, ex-Athletico-PR.
Segundo volante do Bahia, Jean Lucas, que enfrentará o seu ex-clube pela primeira vez desde o rebaixamento de 2023, tem feito gols importantes nesta temporada, mas é um meio-campista com mais obrigações táticas e preenchimentos de espaços pelo lado direito do campo do que como uma válvula de escape.
Isso, no entanto, não significa que ele não tem a sua importância. Assim como já fazia no Santos, Jean Lucas tem por características próprias pisar na área adversária quando o Bahia adianta as suas linhas.
Qual é a postura ofensiva do Bahia?
A partir do momento em que consegue levar a bola até ao ataque, o Bahia muda a sua formação para um 3-4-3, com um dos laterais ficando ao lados dos zagueiros, enquanto o outro avança para jogar ao lados dos meio-campistas. Com isso definido, o atual campeão baiano é um time que explora bastante os lados do campo com Erick Pulgar e Cauly (ou Ademir).
A função de centroavante pode ser executada pelo uruguaio Luciano Rodriguez, que é um jogador mais móvel, ou Willian José, que atua mais fixo na área. Diferentemente do Vasco, o Bahia não é um time que recorre intensamente às bolas aéreas. Mas isso não significa que não fará uso desse artifício.
Últimas notícias do Santos:
Por saber da imensa dificuldade do Santos nesse fundamento, é provável que Rogério Ceni tente ferir o Peixe de tal forma. O sistema defensivo do Santos terá que redobrar a atenção com Erick Pulgar. Ex-jogador do Ceará, o atleta vive bom momento e é muito rápido. Por atuar pelo lado esquerdo do ataque, vai jogar nas costas do lateral-direito do Peixe, que deve seguir sendo JP Chermont.
