Brasileirão Série A

Seneme briga com a imagem ao dizer que toque no braço de Pitta contra o Botafogo é ‘inconclusivo’

Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme concordou com a confirmação do gol de Pitta, do Cuiabá, contra o Botafogo

A derrota do Botafogo para o Cuiabá segue rendendo polêmica. Nesta terça-feira, foi a vez do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, falar sobre gol de Isidro Pitta, que deu a vitória por 1 a 0 para o Dourado, no Nilton Santos, no último domingo (29), pelo Campeonato Brasileiro. Mas, mesmo com as imagens do lance do possível toque de mão do atacante paraguaio, Seneme afirmou que não havia nada conclusivo em relação ao gol.

Pelas imagens do lance, fica claro o desvio da bola no punho de Pitta após o toque na barriga do atacante. Após pegar no braço do paraguaio, a bola vai para frente, o jogador do Cuiabá disputa na corrida com Di Plácido e consegue empurrar a bola para as redes. Mas, para Seneme, a imagem não foi conclusiva.

– A construção basicamente não tem interpretação porque é factual. É mão de imediato. A decisão do campo é muito importante aqui porque foi gol. A gente vê o assistente falando “peito, peito”, que é uma referência do campo. Então quando o VAR passa a analisar a jogada ele precisa de uma evidência para poder modificar a decisão que o campo tomou – disse Seneme no “Papo de Arbitragem” divulgado pela CBF.

– A maior evidência que ele tem é que a bola bate no peito. Se ela toca na mão, não há evidência que comprove isso. Nenhuma câmera demonstra o contato da bola com a mão. É analisar se você vê uma pele afundando, um punho ou um dedo mexendo. Não se nota nenhum momento. Não há evidência disso. Por isso, não existe possibilidade de modificação dessa decisão – completou o dirigente da CBF.

Nem mesmo o toque na barriga antes de tocar no punho de Isidro Pitto tornaria o gol legal. De acordo com a regra, “cometerá uma infração o jogador que tocar na bola com a mão ou o braço e marcar um gol no adversário imediatamente depois de a bola tocar na mão ou no braço, mesmo que de maneira acidental”.

Pitta marcou o gol do Cuiabá após a bola desviar no seu punho (Foto: Icon sport)

Lance causou revolta no Botafogo

O gol de Isidro Pitta gerou poucas reclamações em campo durante a partida contra o Cuiabá. Mas, depois do jogo, com a imagem do replay aproximado mostrando o toque no braço do atacante, o CEO do Botafogo, Thairo Arruda, protestou nas redes sociais. E ainda citou o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, que costuma reclamar bastante do trabalho da arbitragem contra o seu time, que é vice-líder do Campeonato Brasileiro.

– Bola rela na mão do Cuesta: falta. Bola explode nas mãos do Pitta: gol legal. E aí, Abel Ferreira, pode me explicar o que é isso? – publicou o CEO Thairo Arruda.

Seneme concorda com anulação de gol do Botafogo

Além do gol de Isidro Pitta, outro lance também levantou polêmica no último domingo. No fim do primeiro tempo, o Botafogo chegou a abrir o placar com Victor Cuesta após cobrança de escanteio. O árbitro Wilton Pereira Sampaio assinalou um toque de mão do zagueiro argentino. Nesta terça, Seneme concordou com a decisão.

– Mão é clara, toca realmente na mão de quem faz o gol. Todo jogador, independente de qualquer coisa, se toca imediatamente antes de ele fazer o gol, que foi o caso dele, é sancionável. Faço até um elogio ao Cuesta, que depois do jogo foi perguntado e falou que a bola tocou realmente na mão e o árbitro acertou – disse Seneme.

Com a derrota para o Cuiabá, o Botafogo parou nos 59 pontos e viu a vantagem para o vice-líder Palmeiras cair para seis pontos. Na próxima quarta-feira (1), às 21h30 (horário de Brasília), o Glorioso encara justamente o Verdão, no Nilton Santos, confronto direto pelo título do Brasileirão.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel Rodrigues

Gabriel Rodrigues é jornalista formado pela UFF e soma passagens como repórter e editor do Lance!, Esporte News Mundo e Jogada10.
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