Brasileirão Série A

Liziero é um dos poucos acertos de Zubeldía em empate do São Paulo com o Criciúma

Tricolor busca empate no fim com gol da cria de Cotia, mas segue com muitos problemas

A torcida são-paulina não viu o retorno de Liziero no meio do ano com bons olhos. As ressalvas eram pela última versão dele no São Paulo, nada animadora. Mas, em meio a várias lesões no meio-campo e poucas opções na lateral, o técnico Luis Zubeldía bancou a cria de Cotia e neste sábado (26) ele provou que o argentino acertou.

O volante já tinha feito bons jogos antes, saindo do banco ou como titular, por exemplo, na ida das quartas de final da Copa do Brasil. Hoje, contra o Criciúma, Liziero saiu dos reservas para entrar na lateral esquerda, função que exerceu no passado, e conseguiu agregar pela qualidade no passe, diferente de Jamal Lewis, o titular.

Com 40 minutos do segundo tempo, ele aproveitou uma escorada de Calleri, iniciada em lançamento de Rato, para pegar de primeira e marcar um golaço, o responsável pelo empate em 1 a 1 pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O bonito gol do jogador de 26 anos salvou a pele de Rafael e Arboleda, os responsáveis pelo gol do Tigre na noite. Em cruzamento sem direção, o goleiro deu um soco para o meio da área, a bola ficou viva e, na hora de tirar, o zagueiro furou a bola antes que Felipe Vizeu marcasse.

Coletivamente, o time mostrou muitas limitações ofensivas e poucas movimentações sincronizadas, algo que entra na conta de Zubeldía, que não tem conseguido fazer o time evoluir há muito tempo — dá para dizer até que o time joga muito menos do que no início com o argentino.

Pelo contexto do jogo, foi um resultado importante e bom para o técnico saber que possui mais uma opção na lateral com Liziero. No entanto, na luta por uma vaga direta na próxima Libertadores, o São Paulo vê um cenário ruim ao cair para a sexta colocação com a vitória do Internacional.

Criciúma freia adversário com gol

Dá para dizer que o São Paulo fazia uma etapa inicial interessante até o gol do Criciúma. Tinha uma interessante dinâmica pelos lados do campo, a movimentação de Lucas Moura da esquerda confundia a marcação adversária e Jamal Lewis mostrou personalidade com jogadas individuais no corredor canhoto.

Porém, após o desastre defensivo são-paulino, o visitante não fez mais nada. Rodava a bola de forma muito lenta, os movimentos não bagunçavam mais a defesa catarinense e terminou sem incomodar o goleiro Gustavo. Um bom exemplo da ineficiência paulista foi o número de toques de Calleri em 45 minutos: apenas seis.

Com a vantagem, o Tigre apostou ainda mais na velocidade e contra-ataques, mas não emplacou uma boa chance.

São Paulo pressiona desde o início e é recompensado

Desde o primeiro minuto, deu para ver que o time paulista queria mudar a realidade, só que faltava algo mais. A vontade não se transformou em chances de cara. A melhor nesse período talvez tenha sido com Luciano cruzando na área e, por centímetros, Calleri não alcançando a bola na pequena área.

As coisas foram melhorando a partir da entrada de sangue novo. Antes do gol, Liziero já tinha arriscado outra de fora da área. Depois, Rato roubou no campo de ataque e cruzou na medida para Arboleda, que conseguiu perder de forma inacreditável. Sorte do zagueiro que o volante/lateral-esquerdo marcou um golaço na sequência.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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