Brasileirão Série A

Sampaoli não considera empate do Flamengo contra o Internacional como ‘vergonha’

Pressionado, Sampaoli se esquivou de perguntas sobre demissão e disse ter visto Flamengo com muito volume diante do Internacional

Sampaoli é um treinador de opiniões fortes, mas, na coletiva após o empate contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro, ele esteve mais acuado. A pressão é grande, os resultados não vem e, acima de tudo, a equipe não demonstra qualquer tipo de melhora. Ainda assim, o argentino não considerou o 0 a 0 diante dos reservas do Colorado como uma “vergonha“.

O que Sampaoli disse?

  • Falou que faltou contundência ao time
  • Se esquivou sobre possível demissão
  • Abriu o jogo sobre lesões de Arrascaeta e Luiz Araújo
  • Confirmou que segue em busca de soluções coletivas

Sampaoli não viu um Flamengo “vergonhoso” contra o Inter

— Não considero hoje como uma vergonha. Tivemos intenção, mas fomos imprecisos. Tentamos até o último minuto. Antes de eu chegar aqui, já se esperava um ano difícil para o Flamengo. Eu vejo como eles tentam, buscam, mas não estamos conseguindo elevar o nível.

O treinador ainda teve uma visão diferente da maioria dos jornalistas. Mesmo que o Flamengo tenha finalizado apenas quatro vezes no alvo, ao longo de 90 minutos, Sampaoli confirmou que a equipe teve muito volume e faltou precisão na hora de finalizar.

— O time teve muitas oportunidades para abrir o jogo, mas faltou um pouco de tranquilidade, contundência. Nos outros jogos eu não sei. Hoje tivemos ocasiões claras, tanto no primeiro quanto no segundo tempo. Estamos mal na última zona. Creio que a equipe tentou até o último segundo. Quando melhorarmos em qualidade, aparecerão os resultados — finalizou.

Everton Ribeiro dá razão a vaias da torcida

Após a partida, o capitão Everton Ribeiro “colocou a cara” e falou sobre o momento ruim do Flamengo. De acordo com o camisa 7, a torcida está no seu direito ao vaiar a equipe depois do apito final. Além disso, explicou que o Rubro-Negro tem a obrigação de vencer diante de seus torcedores. Fora isso, não tivemos zona mista.

— Os torcedores têm direito de vaiar, estão no direito deles. Vieram, nos prestigiaram, e não correspondemos. Nós estamos devendo. Poderíamos criar mais e não fizemos. A proposta do Inter venceu a nossa. Tem que achar um jeito. Jogamos em casa, mas não aproveitamos. Em casa, é obrigação. Uma rodada a menos para a gente buscar o título brasileiro, mas não podemos desistir. A gente tem que fazer mais se quiser ser campeão — disse.

O Flamengo volta a campo no próximo sábado (02), às 21h (de Brasília), para enfrentar o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. O confronto direto praticamente decreta as prioridades do Rubro-Negro na liga nacional, já que pode aproximar, ou não, a vantagem com relação ao líder.

Veja outros pontos abordados na coletiva

Como melhorar?
— Temos que tentar coletivamente fazer muita coisa. Estamos tentando buscar soluções coletivas, para que apareçam as soluções individuais.

Lesões de Arrascaeta e Luiz Araújo
— A do Arrascaeta foi uma lesão mecânica, um golpe o tirou do jogo. Luiz foi uma corrida. Foi uma boa semana de treinamento, intensa. Lamentavelmente tivemos jogadores importantes saindo por lesão. O Luiz estava tendo vantagem pela direita. Tomara que eles se recuperem rápido.

Faltou vontade?
— Em outros jogos sim, tivemos falta de vontade, mas hoje não. Faltou efetividade, não vejo que faltou intenção, desejo. Se tivéssemos convertido as chances, teríamos ganhado, o Inter não chutou em gol. Tendo em conta que o jogo foi picotado, em um campo ruim. A análise deve valer para o contexto.

Possível demissão
— Não estou de acordo com isso (demissão). O Flamengo tem a obrigação de ganhar sempre. Hoje o Inter jogou com os reservas, passamos por cima no segundo tempo, o rival não teve chances. A análise é pelo contexto e não o pelo jogo.

Foto de Guilherme Xavier

Guilherme XavierSetorista

Jornalista formado pela PUC-Rio. Da final da Libertadores a Série A2 do Carioca. Copa do Mundo e Olimpíada na bagagem. Passou por Coluna do Fla e Lance antes de chegar à Trivela, onde apura e escreve sobre o Flamengo desde 2023.
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