Palmeiras acha gol nos acréscimos e salva noite de futebol pouco inspirado
Breno Lopes precisou ser contido pelos colegas após fazer o gol do Palmeiras aos 51 do 2º tempo

O Palmeiras entrou em campo no Allianz Parque, mas assim como a maior parte da torcida, aparentemente, o pensamento já está em Buenos Aires, onde o time joga a semifinal da Libertadores no próximo dia 25. O 0 a 0 parecia inevitável até o momento em que Breno Lopes, que vinha sendo muito criticado, fez o gol salvador.
O 1 a 0 que caiu do céu deixa o Palmeiras com 44 pontos, a sete do Botafogo, que joga no sábado (16), às 21h, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte. O Goiás fica com 25, rondando a parte de baixo da tabela.
Breno vai tirar satisfação com a torcida, Weverton o segura
Minutos antes de fazer o gol, Breno foi muito xingado ao errar um cruzamento. Por isso, quando balançou a rede, muito nervoso, saiu correndo para satisfação da torcida, com o famoso gesto das mãos nos ouvidos. Rapidamente, Weverton saiu do gol para conter o colega, que saiu se debatendo.
Foi preciso o time inteiro fazer uma roda ao redor de Breno para acalmá-lo.
Primeiro tempo não engrenou
Foi um 1º tempo morno de um Palmeiras lento, que passou a maior parte do tempo tentando se ajustar a uma formação alternativa – ao mesmo em que tentava furar o muro montado pelo técnico esmeraldino Armando Evangelista.
Por isso, o primeiro e único lance de perigo palmeirense, entre as sete finalizações feitas, só veio aos 25 minutos. Flaco Lopez ganhou disputa pelo alto que deixou Rony em condição de finalizar de dentro da área. O chute cruzado saiu forte, mas Tadeu defendeu.
E como se o despertar do Palmeiras também tivesse acordado o Goiás, a resposta veio no lance seguinte. No que acabou se mostrando a única jogada do repertório goiano, Tadeu deu chutão, João Magno fez a casquinha e Allano saiu livre para bater cruzado. Weverton espalmou, e a defesa afastou.
Kevin foi a grata surpresa da segunda etapa
As entradas de Veiga, Kevin e Endrick não melhoraram a qualidade tática da partida, mas ao menos botaram um pouco de energia em campo. O Palmeiras melhorou com a saída de Artur da esquerda e de Mayke do ataque.
Kevin na esquerda foi o ponto alto do segundo tempo. Rápido, inteligente e se entendendo bem com Piquerez, foi ele quem trouxe os melhores momentos da partida. O Palmeiras foi mais lúcido, mas isso não bastou para dizer que fez um bom jogo – nem mesmo após a expulsão de Raphael Guzzo.
O Goiás abusou das faltas, mesmo diante de um Palmeiras pouco inspirado. Um só vermelho, saiu barato.
Artur na ponta esquerda mais uma vez não funciona
Na busca por um substituto para Dudu, Abel mais uma vez tentou uma formação com Artur na esquerda e Mayke na direita do ataque. Flaco López, na vaga de Veiga, jogava mais enfiado, ao lado de Rony. E Gabriel Menino armava o jogo.
É a terceira partida em que o treinador experimenta seu camisa 14 no lado oposto ao que está acostumado. É a terceira partida em que o experimento não funciona. E, desse modo, o time, que já não tem Dudu, fica também sem Artur – problema que Abel mudou aos 12 minutos do 2º tempo.
Artur na ponta direita funciona
Minutos após Abel colocar Veiga no lugar de Flaco, recuar Mayke e colocar Kevin na ponta-esquerda, Artur recebeu cruzamento de Veiga e bateu com força, para defesa de Tadeu.
As alterações tiveram efeito imediato, o Palmeiras encorpou e o Goiás sumiu da partida. Até os 41, quando fez gol em impedimento.
Ele logo sairia, mas mesmo com pouco tempo, está claro que a direita é seu lugar.
Próximos jogos
O Palmeiras visita o Grêmio, em Porto Alegre, no dia 21.
O Goiás recebe o Flamengo, um dia antes, em casa.