Velha guarda salva o novo Palmeiras em teste duro contra o Atlético-MG
Em noite de recorde de Hulk, Veiga e Dudu foram os responsáveis por colocar o Palmeiras mais perto do Botafogo
Estêvão pode ser o grande nome deste novo Palmeiras, que cresceu apoiado nas entradas de Felipe Ânderson e Maurício. Mas, ao menos contra o Atlético, neste sábado (28), em Campinas, foi a velha guarda, com Dudu e Raphael Veiga, quem salvou o Palmeiras.
Tudo apontava para um empate frustrante (1 a 1, gols de Veiga e Hulk) em um jogo muito brigado, desde o primeiro lance — e não é força de expressão. A primeira jogada do jogo foi Deyverson dividindo com o Weverton e machucando a mão do goleiro.
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Mas aos 36 do 2º tempo, Abel Ferreira colocou Dudu em campo. E na primeira bola que carregou para dentro da área, o camisa 7 balançou para cima de Rubens e sofreu o pênalti. O Estádio Brinco de Ouro comemorou como um gol, gritando o nome de ídolo alviverde.
Autor da cobrança que decretou o 1 a 0 aos 45 da etapa inicial (num pênalti bastante discutível), Veiga foi para a bola de novo e fez o gol que viria a ser o da vitória palmeirense, aos 41 da segunda etapa.
A torcida não sabia se gritava o nome de Dudu ou o de Raphael Veiga, que foi frio e preciso como há muito não era, nas duas vezes em que foi para a marca do pênalti. Na dúvida, o “Dudu, Guerreiro” e o “Olê olê, olê, olá, Veiga, Veiga” se misturaram.
Foi a sexta vitória seguida de um time que não dá mostras de que vai cair de ritmo. E que mostra que a renovação do time titular está longe de significar que os veteranos do grupo são inúteis. Muito pelo contrário.
Atlético-MG foi o teste mais duro da arrancada
Na arrancada do Palmeiras, iniciada no Choque-Rei de 18 de agosto (2 a 1), o confronto com o Atlético-MG, de antemão, já se desenhava como o mais difícil. E o primeiro lance da partida em Campinas, neste sábado (28), deu o tom do que seria o jogo.
Aplaudido antes do início, Deyverson dividiu uma bola recuado para Weverton e chutou a mão do goleiro, ainda que sem querer. Foram quatro minutos de paralisação, mas o arqueiro permaneceu em campo.
O primeiro lance de ataque do Palmeiras também foi brigado. Veiga bateu o escanteio, e foi a vez de Fabinho se chocar com Everson antes de Flaco López balançar a rede.
Nos dois tempos, o jogo foi muito brigado. Em alguns momentos, a bola não saia da região do círculo central por longos segundos, com a posse de bola indo para lá e para cá o tempo inteiro.
Deyverson foi o melhor do Galo. Com muita disposição e habilidade também na armação, o centroavante ofuscou Hulk e o também ex-palmeirense Scarpa. Que, aliás, ao contrário de Deyverson, foi vaiado por boa parte da torcida. Houve até gritos de “Willian Bigode”, em alusão ao processo movido por Scarpa contra o hoje jogador do Santos.
O Galo chegou ao empate aos 22 da segunda etapa, em cobrança de falta perfeita de Hulk. Weverton nem se mexeu. E, por alguns momentos, a impressão é que o jogo terminaria assim.
Mas aí brilhou a estrela de Dudu. Se o Palmeiras, que segue no encalço do Botafogo, vier a ser campeão, o camisa 7 será, dessa vez, um indiscutível coadjuvante. Mas o palmeirense que esteve neste sábado em Campinas, por alguns instantes, viu de volta o jogador mais importante do ciclo vitorioso iniciado em 2015.