Brasileirão Série A

Palmeiras não vive jejum inédito com Abel, mas agora a pressão é maior

Sob o comando de Abel Ferreira desde novembro de 2020, o Palmeiras viveu um jejum de sete jogos sem vencer em 2021

O Palmeiras não ganha há cinco jogos, com três empates e duas derrotas. Esse jejum de vitórias não é inédito na era Abel Ferreira, mas agora a pressão é maior. O Alviverde tem mais duas competições na temporada: está a 14 pontos atrás do líder Botafogo no Brasileirão e nas oitavas de final da Libertadores contra o Atlético-MG.

Sob o comando de Abel Ferreira desde novembro de 2020, o Palmeiras viveu um jejum de sete jogos sem vencer em 2021. Entretanto, em meio àquela sequência, a equipe conseguiu a classificação à final da Libertadores com dois empates com o Atlético-MG, por 0 a 0 no Allianz Parque e por 1 a 1 no Mineirão – o gol fora ainda era decisivo no torneio continental.

A sequência deste ano ocorre em um momento complicado do Palmeiras na temporada. O time foi eliminado pelo São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil e viu o Botafogo disparar na liderança do Brasileirão. A Libertadores é vista como a única chance de o Alviverde conquistar outro título em 2023, mas o caminho ainda é longo.

“É continuar a trabalhar, é assim que os campeões fazem. Não conheço um campeão que só ganhe. Os campeões são os que levam as pancadas e continuam. Se querem um treinador que só ganhe títulos, descubram, porque não sei onde está o treinador que só ganha”, afirmou o técnico Abel Ferreira, em entrevista coletiva no último domingo, depois do empate sem gols com o Internacional no Beira-Rio.

Palmeiras não vence há cinco jogos

  • Inter 0 x 0 Palmeiras – Brasileirão
  • Palmeiras 1 x 2 São Paulo – Copa do Brasil
  • Palmeiras 1 x 1 Flamengo – Brasileirão
  • São Paulo 1 x 0 Palmeiras – Copa do Brasil
  • Athletico-PR 2 x 2 Palmeiras – Brasileirão

Diretoria do Palmeiras busca reforços para Abel Ferreira

Extracampo, o Palmeiras também vive momento turbulento. A torcida já protestou por reforço e cantou que “Libertadores é obrigação” após a queda para o São Paulo na Copa do Brasil. A presidente Leila Pereira e o diretor de futebol Anderson Barros têm sido criticados pela falta de reforços nesta janela, que abriu no início do mês e fecha em 2 de agosto.

“Sabemos que precisamos de novas peças, temos buscado, principalmente um número 5, um volante, mas como estamos tendo dificuldades, ainda temos tranquilidade e inteligência para não cometer erros que podem prejudicar o que temos feito ao longo dos últimos anos”, afirmou Anderson Barros.

“O Abel é extremamente exigente, extremamente competitivo, nos cobra o tempo inteiro, mas tem consciência do que fazemos no dia a dia. Nós buscamos, sim, alternativas, mas não vamos buscar de qualquer maneira. Se encontrarmos as situações ideais, assim vamos fazer”, acrescentou o diretor.

 

 

Palmeiras conviveu com polêmica com a CBF

A “lei do silêncio” também causou mais pressão em cima de elenco e comissão técnica, embora Leila Pereira tenha justificado que a decisão foi tomada para “blindar” o treinador e os jogadores em meio ao momento crucial. Foram três partidas em silêncio, apenas com entrevista de Leila e de Anderson Barros.

Dias antes de adotar o silêncio, o Palmeiras entrou em conflito com a Comissão de Arbitragem da CBF. Tudo começou quando o auxiliar João Martins disse que era ruim para o “sistema” o Palmeiras ser campeão brasileiro novamente. Substituto de Abel Ferreira, suspenso na partida contra o Athletico-PR, o português ficou revoltado com a não expulsão do zagueiro Zé Ivaldo pela cotovelada em Endrick com três minutos de jogo.

Em nota oficial, a CBF disse que a entrevista coletiva de João Martins foi “um desfile de grosserias e uma tentativa infantil e até xenofóbica de reduzir a relevância do futebol brasileiro na Europa, mostrando inclusive desconhecimento do próprio campeonato que disputa, que já teve tricampeões, bicampeões, com vários times ganhando seguidamente”. O Palmeiras rebateu ao classificar a nota da CBF como “agressiva”. O clube ainda fez oito questionamentos à entidade, cobrando melhora da arbitragem.

Foto de Guilherme Amaro

Guilherme Amaro

Guilherme Amaro é repórter da Trivela desde julho de 2023. Antes, passou por SBT, Estadão, LANCE! e Federação Paulista de Futebol.
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