Choque-Rei infinito: Oscar rebate Leila Pereira em nova discussão sobre gramado sintético

O meia Oscar do São Paulo rebateu as críticas da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sobre a utilização do gramado sintético no futebol brasileiro.

A mandatária do Alviverde declarou recentemente que o movimento contra este terreno é feito por “jogadores mais velhos, que não deveriam mais atuar profissionalmente”.

O são-paulino participou do programa Bola da Vez da “ESPN”, que vai ao ar neste sábado (22), às 21h. Oscar é um dos líderes do movimento que se opõe à utilização do gramado sintético no cenário nacional e justifica seu ponto de vista com base em sua experiência de jogo.

Rebatendo as falas da presidente do Palmeiras, o meia afirmou que este tipo de solo é prejudicial para a integridade física dos atletas, já que altera consideravelmente as características do jogo. Além disso, pontuou que os atletas mais experientes tem se manifestado contra a utilização deste relvado justamente por conta de seus anos de carreira.

Oscar utilizou como exemplo um atleta da base que, por conta de seu baixo tempo de jogo, não teria condições de opinar sobre a utilização ou não do gramado sintético.

— Acho que são os jogadores mais velhos porque os mais velhos têm experiência, já são mais rodados e têm mais voz. Não tem como um menino da base, que não tem voz nenhuma, que nem joga, reclamar. Então acho que isso é uma questão de lógica. Acho que a Leila dá umas declarações polêmicas normalmente — declarou o meia do São Paulo.

Na visão do meia, gramado sintético alteram as condições de jogo

Uma das características que os atletas mais reclamam em relação ao gramado sintético é a velocidade que este tipo de relvado impõe a bola. Além disso, o maior atrito do corpo ao solo deixam os jogadores mais propensos a lesões na visão de Oscar.

O meia do São Paulo utilizou o exemplo de Lucas Moura, que bateu com o joelho ao chão na semifinal do Campeonato Paulista contra o Palmeiras e acabou lesionado.

O jogador ainda pontuou que o movimento contra o uso do gramado sintético procura prezar pela saúde dos atletas e não tem nada a ver com algum clube em específico. Oscar ainda criticou os tensos debates gerados entre os clubes por conta da discussão do tema.

— O gramado sintético é muito complicado. Por exemplo, o Lucas machucou o joelho porque bateu o joelho no chão. Claro, levou algumas faltas, que é normal no futebol, mas machucou o joelho porque o gramado é muito duro. Se fosse grama natural, não ia machucar tanto. Essa questão de lesões, é isso que a gente está falando e contestando. É um futebol diferente, a grama fica muito mais rápida, muda algumas características do jogo — explicou Oscar.

- - ↓ Continua após o recado ↓ - -

Oscar comenta sobre vantagem dos times em gramado sintético

O meia do São Paulo também afirmou que as equipes que utilizam deste tipo de solo em seus estádios levam algum tipo de vantagem em relação aos demais rivais. Atualmente Palmeiras, Athletico Paranaense, Botafogo e em breve o Atlético-MG, que está mudando o seu gramado, fazem o uso da grama sintético em seus estádios.

Por estarem acostumados a este tipo de relvado, os times não são tão impactados pela velocidade da bola, nem pelo atrito maior do corpo ao solo. O meia também enfatizou que o movimento visa prezar pela integridade física e criticou o clima tenso gerado entre os clubes em decorrência do debate sobre o assunto.

— São favorecidos um pouquinho [os times que jogam no gramado sintético], porque são acostumados e nós normalmente não jogamos. A manifestação é na questão do gramado, e começa a ficar clube contra clube. Não é essa a questão da manifestação — pontuou Oscar.