Brasileirão Série A

O que esperar da estreia de Roger Machado pelo Internacional

Novo treinador colorado se debruçou no modelo de jogo de Coudet e pretende inserir suas próprias ideias gradativamente

Depois de apenas dois treinamentos, Roger Machado já estreia no comando do Internacional neste sábado, às 18h30min. E não será um confronto qualquer. Pela frente, o Colorado terá o Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro, no Estádio Nílton Santos, no Rio de Janeiro.

Mesmo com tão pouco tempo, o lado bom é que Roger já conhece o elenco e a forma com que o Inter jogava com seu antecessor, Eduardo Coudet. O treinador colorado enfrentou seu time cinco vezes nesta temporada, quando estava no comando do Juventude, e o eliminou no Campeonato Gaúcho e na Copa do Brasil.

— Foram alguns jogos, com plataformas diferentes, estratégias diferentes. O que posso dizer é que tem muitos jogadores com boa relação com a bola, uma estrutura bem definida, com movimentos característicos. Algumas similaridades com algumas coisas que faço, mas outras que ao longo desse processo, gradativamente, vou colocando o que penso — comentou Roger.

Roger se debruçou no modelo de jogo de Coudet

O novo treinador do Inter sempre foi elogioso ao trabalho de Coudet, desde que seu Grêmio perdeu duas vezes para o Rosario Central, comandado pelo argentino, nas oitavas de final da Libertadores de 2016.

Agora, Roger mergulhou de cabeça para saber mais sobre o modelo de jogo do antecessor, e adaptá-lo — ou não.

— Primeira providência que tomei foi justamente me reunir com o departamento de análise do clube. Disse: ‘eu preciso entender os momentos do jogo do Coudet'. Na hora de defender e de atacar. […] As bolas paradas tenho preferência por um modelo, o treinador anterior fazia de outra forma. Dá para a gente mexer imediato ou a mexida agora pode gerar um problema maior do que a solução que pode ser encontrada? — perguntou, sem responder.

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Alan Patrick, Borré e Valencia juntos?

Uma grande dúvida envolve a utilização dos centroavantes Enner Valencia e Rafael Borré juntos com o meia Alan Patrick. Afinal, em seus trabalhos anteriores, Roger quase sempre utilizou dois pontas, um meia e um centroavante. Mas, ao menos no discurso, se disse flexível para jogar de outras formas.

— Eu também joguei no início do Gauchão com tripé, enganche e dois atacantes. Penso que é possível ter alternâncias. A única certeza que tenho dentro da minha estrutura é ter linha de quatro. Dali para frente, joguei com todas variações táticas. […] Tudo vai depender do jogo. Eu preciso fazer uma equipe equilibrada. Se dentro desse equilíbrio entre defender bem para atacar melhor a gente conseguir acomodar esses grandes jogadores, com boa relação com a bola, eu farei — projetou.

Entretanto, essa dor de cabeça boa ainda não deve acontecer no jogo contra o Botafogo, já que o Inter segue sofrendo com desfalques. Borré retorna depois de disputar a Copa América pela Colômbia, mas Valencia, com dores no quadril, é dúvida.

Foto de Nícolas Wagner

Nícolas WagnerSetorista

Gaúcho, formado em jornalismo pela PUC-RS e especializado em análise de desempenho e mercado pelo Futebol Interativo. Antes da Trivela, passou pela Rádio Grenal e pela RDC TV. Também é coordenador de conteúdo da Rádio Índio Capilé.
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