‘Absurdo’: Por que indignação do Internacional com arbitragem começou antes de jogo?
Técnico Roger Machado revelou que CBF encaminhou normativa com mudanças na regra horas antes da partida no Mineirão
A arbitragem irritou o Internacional no empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira (28), em partida adiada da quinta rodada do Campeonato Brasileiro. E ainda antes da bola rolar no Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Roger Machado e o vice-presidente de futebol José Olavo Bisol revelaram que, na tarde do jogo, o Inter recebeu, por e-mail, normativa da Fifa, encaminhada pela CBF, com mudanças nas regras de arbitragem.
— Às 16h30min a gente recebe comunicado com algumas regras com mudanças de conduta. Três horas antes do jogo. Absurdo. Isso aí não existe — indignou-se Roger.
— De forma silenciosa se manda por e-mail. Se não leu, não tem nem capacidade de interpretar. É um documento que vai da Fifa para a CBF, e a CBF encaminha para os clubes. Datava esse documento de 22 de julho. Esse documento já estava circulando. Só chegou até nós pouco antes do jogo. Isso é um absurdo — contextualizou Bisol.
Internacional reclama de cartões em excesso e pênalti marcado para o Cruzeiro
Entre as alterações de regra que a normativa apresenta, estão lances de toque no braço e conduta dos jogadores em reclamações à arbitragem, que a partir de agora só serão toleradoras por parte dos capitães. Curiosamente, as polêmicas decisões de Bruno Arleu de Araújo no Mineirão envolveram lances assim.
— Será que o árbitro teve tempo? O que parece é que não — questionou Bisol.
O árbitro do jogo entre Cruzeiro e Inter distribuiu sete cartões amarelos para jogadores colorados, a maioria por reclamação. Por conta disso, uma artimanha do time de Roger Machado foi revezar a braçadeira, que passou por mais de um jogador.
— A gente tem que se adaptar em cima do jogo — resumiu o treinador do Inter.
— Costumo na palestra colocar um pouco do histórico da arbitragem. Ele [Bruno Arleu de Araújo] tem média de cartões de 6.5. Não sabe conduzir o jogo sem dar cartão — criticou Roger.
O árbitro carioca também assinalou pênalti após ser chamado pelo VAR para analisar toque no braço de Enner Valencia. A reclamação do Inter é de que a bola teria batido antes na perna do atacante equatoriano.
— Não consigo entender o critério da arbitragem brasileira. […] A bola resvala na canela, e toca na mão. Várias outras vezes anteriores não foi pênalti — lembrou Roger.
Menos mal, para o Inter, que Anthoni defendeu a cobrança e garantiu o empate no Mineirão. Ainda assim, Bisol garantiu que o clube encaminhará reclamação formal à CBF, com relatório de todos os erros que entende que Bruno Arleu de Araújo cometeu na partida.