Alan Patrick desfilou diante de um Grêmio que cedeu generosos espaços em vitória do Internacional

Indiscutivelmente, Alan Patrick foi o grande nome do clássico Gre-Nal 440. Além de marcar um gol, o capitão do Internacional regeu a vitória colorada, por 3 a 2, na tarde de domingo (8), no Beira-Rio, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

#Brasileirão 🇧🇷

Alan Patrick foi o Destaque Sofascore de Internacional 3-2 Grêmio!

⚽️ 1 gol
🔑 4 passes decisivos
🛠️ 1 grande chance criada
👊 5 faltas sofridas (!)
✅ 45/50 passes certos (90%!)
↗️ 2/2 bolas longas certas (!)
💨 2/2 dribles certos (!)
💯 Nota Sofascore 8.1 pic.twitter.com/z1VM9mCUg6

— Sofascore Brazil (@SofascoreBR) October 8, 2023

Muito disso passou pelos generosos espaços concedidos pelo Grêmio. O Tricolor, que tem sofrido muito defensivamente ao longo do Brasileirão, não conseguiu compactar suas linhas.

Melhor temporada da carreira

Era tudo que Alan Patrick queria para desfilar o futebol que faz dele o melhor jogador do Internacional na temporada. Em entrevista na zona mista, após o Gre-Nal, o camisa 10 concordou que, aos 32 anos, vive o melhor momento da carreira.

— Posso considerar que sim. Nos últimos anos, até quando estava no Shakthar, vinha numa sequência muito boa, cada ano com rendimentos bons, conseguindo ajudar a equipe com gols, com assistências. E acho que posso considerar também que está sendo um ano especial — reconheceu.

Em 51 jogos em 2023, Alan Patrick chegou a 13 gols e oito assistências pelo Inter. É líder do elenco nos dois quesitos. Somente na Libertadores, em que o Colorado foi eliminado na semifinal para o Fluminense, o meia fez cinco gols e distribuiu cinco assistências. Só ficou atrás de Cano no ranking de participação em gols.

Coudet se derrete pelo capitão

Depois da grande atuação no Gre-Nal, Eduardo Coudet se derreteu por Alan Patrick. O treinador do Inter rasgou elogios a seu capitão.

— Alan é nosso capitão não só por seu caráter, pelo que é como pessoa, mas também porque é um líder futebolístico. Preparamos cada jogo de diferente maneira, dependendo de como joga o rival também, e é um futebol de compreensão, de ocupar espaços, de liberar espaços, um monte de coisas. Mas é um grandíssimo jogador, e fico contente por ele. Às vezes joga demais. É um filho da ****, olha como definiu o terceiro gol. Não pode ter tanta tranquilidade para definir. Desfrutei. É um jogador muito importante para o grupo e para o Inter. Ter um jogador que sempre tenta jogar bola, é o melhor que você pode ter — destacou Coudet.

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— Sport Club Internacional (@SCInternacional) October 8, 2023

Grêmio admite que deu muito espaço

No lado gremista, o auxiliar Alexandre Mendes, que falou na ausência de Renato Portaluppi, admitiu que o Tricolor deu muito espaço para Alan Patrick. Especialmente no primeiro tempo.

— Encontrou alguns espaços na nossa equipe, sim. Demos espaço quando nós atacávamos e defendíamos. Tivemos dificuldade na recomposição, principalmente na transição defensiva, quando estávamos atacando. O Renato tentou mudar um pouquinho, já que o Alan Patrick conseguiu achar espaços entre a primeira linha defensiva e a de meio-campo, principalmente no primeiro tempo. Nossa linha defensiva estava muito baixa — reconheceu.

Como esteve atrás no placar desde os seis minutos do primeiro tempo, o Grêmio teve mais a posse de bola (54% a 46%). Com muitos erros técnicos, proporcionou diversos contra-ataques ao Inter. Que não só Alan Patrick, mas também Maurício, Wanderson e Enner Valencia souberam aproveitar.

Tricolor tem uma das piores defesas do Brasileirão

Com os três gols do maior rival, o Tricolor chegou a 35 sofridos no Campeonato Brasileiro. É a sexta pior defesa da competição, à frente apenas dos cinco últimos colocados da competição.

— Como o Renato sempre fala, ele arma o time voltado para atacar. Logicamente uma equipe que ataca em demasia deixa espaços para o contra-ataque. Basicamente isso tem acontecido quando a gente joga fora de casa. A ideia do Renato é dar força ofensiva, mas melhorar a parte defensiva para que a gente não corra tantos riscos. A ideia que o Renato coloca é que a gente mantenha a posse de bola para não sofrer tanto — explicou Alexandre Mendes.