O Fluminense se despediu do Brasil com derrota, mas vai para o Mundial em busca de fazer história
Apesar de revés para o Grêmio no Maracanã, Fluminense mostrou que pode fazer frente a qualquer time, e aposta em fazer história no Mundial de Clubes

Em sua despedida do Campeonato Brasileiro, o Fluminense perdeu para o Grêmio de Luís Suárez no Maracanã, mas o resultado pouco importava. O desempenho em campo deu alguns sustos, mas o Tricolor vai para o Mundial de Clubes, na Arábia Saudita, em busca de fazer história.
A filosofia de Fernando Diniz prega que um time nunca está pronto. No caso do Flu, isso pareceu exagero em vários momentos, mas é um fato que ajustes precisam ser feitos — principalmente na parte defensiva.
Contra o Grêmio, o Tricolor enfrentou um dos melhores atacantes dos últimos tempos em Suárez. E sua defesa, que expôs espaços, segue sendo o calcanhar de aquiles.
— O Suárez foi um jogador que foi decisivo. Sabíamos do potencial que ele tem. Não só pelo que ele fez no Brasileiro, mas na carreira inteira. Infelizmente, a gente errou onde sabíamos que não poderíamos errar — resumiu Diniz após o jogo.

Defesa vai mal, mas Fluminense mostra capacidade de recuperação
Se a defesa foi mal, o Fluminense ao menos mostrou capacidade de recuperação — mais uma vez. O Tricolor jogou melhor na segunda etapa, quando estava atrás no placar.

Sempre que coloca a bola no chão e comanda a posse, o Flu mostra que pode fazer frente a qualquer time da América do Sul. Não à toa, se sagrou campeão da Libertadores com uma grande campanha, eliminando cinco vencedores da competição e sem ser derrotado no mata-mata.
Novamente, entretanto, a resposta veio do banco de reservas. Fora os jogos contra os rebaixados Santos e Coritiba, nos últimos três meses, o Fluminense recorre às mudanças táticas e de peças de maneira frequente. Isso mostra, também, que o onze inicial pode não ser o que o time tem de melhor.
John Kennedy volta a ser decisivo e pede passagem no Fluminense
Herói do título da Libertadores, o atacante John Kennedy mais uma vez se mostrou decisivo. O camisa 9 entrou em campo no intervalo e foi de longe o melhor do Fluminense. Não só pelo golaço, mas pela capacidade de associação e pela nova dimensão que dá ao ataque, o jogador pede passagem.

Se não vem sendo titular — como na própria final da Libertadores —, o menino tem saído do banco para resolver. Com Arias, Keno e Cano em boas fases, o jovem de 21 anos volta a colocar uma pulga atrás da orelha de Fernando Diniz.
Diniz acredita que Fluminense pode fazer história no Mundial
No Mundial de Clubes, ainda sem adversário definido, o Flu pode enfrentar diferentes escolas. Neozelandeses, egípcios ou sauditas podem estar no caminho do Tricolor, que por sua vez, terá a opção de usar o ousado 4-2-4 que lhe deu a Glória Eterna, ou seguir apostando nas alternativas no banco de reservas.
— A gente tem que acreditar sempre. Vamos enfrentar os melhores times do mundo. Vamos procurar o melhor para fazer uma grande competição. Estamos vivendo com muita intensidade a possibilidade do Mundial. A gente tem que agradecer muito o que a torcida fez pela gente. A torcida fez muito a diferença. A gente agradece de todo o coração — opinou o treinador.
Certo é que, na Arábia Saudita, o Fluminense vai em busca de fazer história. Nas palavras de Marcelo, em entrevista ao canal oficial do clube no YouTube, “vai ter que correr e achar que dá, porque se for também pensando que não dá, melhor não ir, né?”.
— Em todos os jogos a gente está dando o máximo, porque a gente sabe que a gente vai ter duas finais, né? Uma é a semifinal e, se Deus quiser, dando tudo certo, partindo para o jogo final. Mas a gente sabe que é o jogo mais difícil do ano, é o jogo mais brabo. É uma situação que para você jogar o Mundial você tem que ganhar uma competição muito grande, como a Champions, como a Libertadores — afirmou o lateral-esquerdo, tetracampeão do Mundial de Clubes pelo Real Madrid.