Tite é enigmático sobre dar mais chances a Gabigol e detona gramado do Mané Garrincha
Treinador do Flamengo exaltou o desempenho do atacante, mas não confirmou se ele receberá mais minutos no time
O jogo entre Flamengo e Criciúma foi bastante confuso, diante das inúmeras polêmicas de arbitragem, e a coletiva de Tite após o apito final acompanhou o cenário. O treinador até acertou ao criticar o péssimo gramado do Mané Garrincha, mas se esquivou em respostas sobre minutagem de Gabigol e Léo Ortiz, que pedem passagem por mais oportunidades.
A vitória, contudo, não exaltou os ânimos do papo com os jornalistas, pelo contrário, Tite manteve a serenidade ao longo de toda a coletiva.
O que Tite disse durante a coletiva?
- Não disse se dará mais minutos a Gabigol;
- Elogiou a força da torcida do Flamengo e o carinho com o ídolo;
- Detonou o gramado do Mané Garrincha, que, segundo ele, prejudicou o espetáculo;
- Explicou problemas nas bolas aéreas defensivas e a exposição do sistema rubro-negro.
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Gabigol vai receber mais minutos?
— Nosso trabalho sempre é pautado no próximo e nas situações do jogo. Essas projeções, talvez futuramente a gente possa falar. Nesse momento, confesso, não tenho… Tenho desse momento, dessa amostragem, da importância de três pontos que seria exatamente igual independentemente do adversário.
Ao criticar o gramado do Mané Garrincha, Tite lembrou do último jogo do Flamengo em Brasília. O treinador atentou aos riscos de lesão que uma cancha nesse estado pode causar.
— O espetáculo fica prejudicado, sim. Nós já tínhamos observado isso no jogo anterior. Na outra vez que estivemos aqui (contra o Santos em 2023), ele estava bom, agora não estava. Tem atletas de alto nível, tem saúde, tem uma série de aspectos envolvendo. Não dá para ser assim. Inclusive com o risco de um giro você estoura o atleta. Tem que haver um cuidado maior, acho que falo isso faz uns 10 anos. Se a gente quer valorizar o nosso produto, coloca gramado bom para todos — finalizou.
Codigo 19/Codigo 19
O próximo desafio do Flamengo será pelo Campeonato Brasileiro, na quarta-feira (24), quando Tite e companhia visitam o Vitória, pela 19ª e última rodada do primeiro turno. A bola rola a partir das 20h (de Brasília), no Barradão, em Salvador.
Veja outros pontos abordados na coletiva
Sair atrás é um problema?
— Nos três últimos jogos, sim, mas exposto não porque são circunstâncias diferentes. Sair atrás gera uma pressão muito grande, esse fator é gerador de ansiedade. E aí, com a nossa experiência de cabelo branco, todo processo que se faça quando é excessivamente ansioso, com uma camisa pesada como a do Flamengo, tende a acelerar demais, a coordenação se perde um pouco, gera impaciência. O mental nesse aspecto, isso vamos trabalhar. E trabalhamos antes também, no intervalo. Sempre sair na frente era um aspecto emocional, mental, importante.
Dois pivôs no time
— Três. O Carlinhos foi decisivo contra o Atlético-MG, fez gol lá. Às vezes faz uma movimentação com dois homens vindo de trás, articulação para atacar o espaço.
Problemas nas bolas aéreas
— De nós todos (preocupação). Especificamente nesse lance, foi uma batida rápida, a gente ficou desconcentrado no posicionamento. Aí teve uma bola intermediária, não era de falta lateral ou escanteio. Houve uma desatenção.
Léo Ortiz merece ser titular?
— Eu sou técnico formado em Educação Física, ex-atleta que parou com 27 anos, deve ter mais de 2 mil palestrar, 1300 jogos, cabelo branco e continua não dormindo direito. E que fala a verdade. Hoje na palestra, o mesmo discurso. Se ser gestor é falar transparente, nós somos. É a mesma conversa que temos com a direção, às vezes não é a mesma com vocês. Eu não minto, eu omito, não vou querer falar algo porque entendo que não falar publicamente seja importante. Mas eles sabem que essas situações aparecem, esse approach que é emocional, da orientação técnica e tática, e da transparência dessa relação. Isso não é coisa minha, é nossa, do Flamengo.
Torcida do Flamengo
— Segunda casa é Aracaju, Manaus… Onde vai, torcedor vem e abraça. Brasília também.
Mais sobre Gabigol
— (A torcida) Já estava (feliz) antes quando fez o empate, quando fez a substituição e continuou com o Gabi até o final.
— A importância de todos em um grupo todo mobilizado, todas as substituições trouxeram. O técnico… Nunca vou ser um cara que vou estar sempre na plenitude da minha alegria porque começam 11, entram cinco, e olho para outros que poderiam estar participando. Falo isso do Bahia (Cleiton), do Lorran, que nem concentrado foi (relacionado). É a força do grupo, o Flamengo sempre acima de qualquer coisa.
— A alegria de um é a alegria de todos.
