Brasileirão Série A

Botafogo busca corrigir falha da Era Lage para chegar ao título do Brasileirão

Depois de quatro jogos seguidos sendo vazado no Brasileiro, o Botafogo, comandado por Adryelson, voltou a ter atuação segura no clássico com o Fluminense, e isso pode ser decisivo para o título

Depois de uma certa instabilidade, o Botafogo parece ter retomado o caminho na disputa do título do Campeonato Brasileiro. A vitória no clássico com o Fluminense, no último domingo, marcou o fim de um incomodo jejum de quatro jogos sem vencer na competição. E boa parte deste resultado se deve a retomada de um aspecto muito importante do time alvinegro: a consistência defensiva. Não à toa, a equipe voltou a não ser vazada depois de quatro partidas. E, para isso, contou uma grande atuação de Adryelson, um dos destaques do Brasileirão.

Liderados pelo goleiro Lucas Perri e os zagueiros Adryelson e Victor Cuesta, o Botafogo tem, disparado, a melhor defesa do Brasileiro. O time sofreu apenas 16 gols em 26 partidas. O segundo time neste ranking, o Athletico-PR, levou cinco gols a mais. Mas, neste começo de segundo turno, a instabilidade do time também afetou, é claro, a segurança defensiva do clube.

Depois de sofrer apenas 11 gols no nas primeiras 19 partidas (média de 0,5 por partida), quando fez o melhor primeiro turno da história do Brasileirão no atual formato – por pontos corridos e com 20 clubes -, o Botafogo levou cinco gols em sete partidas no returno (média de 0,7 por jogo).

Botafogo voltou a não ser vazado depois de quatro jogos seguidos no Brasileiro (Foto: Vitor Silva/Brasileiro)

Defesa ficou exposta com Bruno Lage

Na sequência de quatro jogos sem vencer, o Botafogo foi vazado em todos: derrotas para Flamengo, Atlético-MG, Corinthians e empate com o Goiás. Somando a Copa Sul-Americana, são cinco jogos seguidos sendo vazado. Antes desta sequência no Brasileiro, o Glorioso perdeu por 2 a 1 para o Defensa y Justicia, na Argentina, na partida que decretou a eliminação da equipe da competição.

Com Bruno Lage, o Botafogo passou a ter um sistema defensivo mais frágil. Depois de um longo período trabalhando em bloco baixo e apostando nas transições rápidas, o português passou a apostar em uma marcação mais alta. Por vezes, as linhas do Botafogo ficavam desorganizadas e os adversários aproveitavam os espaços e a defesa aberta para atacar.

Com Lage, o Botafogo sofreu 14 gols em 16 partidas. Em apenas quatro partidas o Glorioso não foi vazado sob o comando do ex-técnico – três dessas partidas acabaram empatadas em 0 a 0, apenas contra o Bahia, quando fez 3 a 0, o Glorioso conseguiu vencer sem ser vazado.

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Adryelson comandou defesa do Botafogo contra o Fluminense

Sob o comando de Lúcio Flávio, o Botafogo voltou a apostar em uma defesa com linhas mais baixas na partida contra o Fluminense. E com a frente da área bem protegida, o Glorioso apostou nas transições rápidas para vencer o bom time de Fernando Diniz, finalista da Copa Libertadores. Não à toa, os dois gols saíram dessa forma.

E, para parar o bom ataque do Fluminense e, especialmente, Germán Cano, o Botafogo contou com o ótimo Adryelson. O zagueiro, que já foi citado pelo próprio Fernando Diniz, que também comanda a seleção brasileira, foi o responsável pela marcação sobre o atacante argentino. De acordo com o Sofascore, Adyrelson teve nove cortes, duas interceptações, quatro desarmes e ganhou 100% dos duelos por baixo na partida contra o Tricolor.

Em ótima fase, Adryelson é o líder isolado em rebatidas no Brasileirão, 282, além de ter média de 1,9 interceptações por jogo. E ele também se destaca no ataque. Em 2023, já foram quatro gols em 48 partidas.

Com uma vantagem de nove pontos na liderança do Campeonato Brasileiro, a volta da consistência defensiva do time pode ser a chave do Botafogo para seguir no caminho em busca do título. Sob o comando de Adryelson, Cuesta e Perri, o Glorioso de Lúcio Flávio pode voltar a passar segurança para o torcedor depois de um momento de turbulência na competição.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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