Brasileirão Série A

‘Não quero uma equipe simpática’: Artur Jorge critica fair play de jogador do Botafogo

Técnico do Botafogo não gostou de atitude do zagueiro Bastos durante empate em 0 a 0 com o Cuiabá, no Nilton Santos, pelo Brasileiro

O Botafogo não conseguiu superar a retranca do Cuiabá e ficou apenas no 0 a 0 na tarde deste sábado (9), no Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Além da retranca, o Glorioso também teve dificuldades com a cera exagerada do time adversário, que tentou ganhar todos os minutos possíveis para arrastar a partida.

E a cera do Cuiabá acabou deixando o técnico Artur Jorge na bronca com um jogador do próprio Botafogo. Após um jogador do time adversário cair no chão pedindo atendimento médico ainda no primeiro tempo da partida, o zagueiro Bastos devolveu a bola para o Cuiabá após a partida reiniciar.

O “fair play” fez o angolano ouvir reclamações de Alexander Barboza, seu companheiro de zaga, e de Artur Jorge, que revelou ter conversado com o jogador no intervalo da partida.

— Essa pergunta (sobre cera e fair play) não vem no dia bom, posso correr o risco de… Mas é aquilo que vem da alma. Eu não gosto. Estou aqui para ganhar jogos, não para ter uma equipe simpática, não estou para ter uma equipe que quer fazer amigos do outro lado. Estou aqui para ganhar jogos e é nisso que eu me avalio — disse Artur Jorge.

– Não fiquei satisfeito, vocês perceberam que não fiquei satisfeito de devolver a bola, quando claramente aquilo foi uma parada técnica do jogador no chão para que todo o time fosse ao banco ouvir instruções. Não gostei e não fiquei satisfeito com o Bastos. Disse a ele no intervalo exatamente isso. Tudo serve para poder arranjar uma maneira de quebrar o ritmo do jogo. E sabendo que nós somos uma equipe rápida, que tem dinâmicas intensas, do outro lado vamos encarar algumas equipes dessa forma – completou o técnico português.

Artur Jorge também critica o Cuiabá e a arbitragem

Artur Jorge também criticou a atuação da arbitragem para combater a cera dos times e as esquipes que utilizam desta estratégia, além de voltar a citar o fato do próprio Botafogo ter sido “cúmplice” deste antijogo em alguns momentos da partida.

— Eu não jogo nem tenho que me pronunciar sobre isso. Agora, para mim, sobre mim, nós temos que fazer o jogo para poder ter o resultado que queremos. E se nós tivemos algum papel em alguns momentos que foi cúmplice de uma estratégia que o adversário trouxe de quebrar o ritmo de jogo, tivemos mal. É dessas coisas que temos que corrigir — disse Artur Jorge.

— Também parece que nós permitimos muito, e eu falei disso desde o primeiro minuto ao auxiliar que estava do meu lado, porque todas as vezes espera para dar um cartão aos 60, ao goleiro que teve sempre com a bola parada e a atrasar o jogo, a quebrar com os jogadores constantemente no chão, simular lesões. Qualquer encosto agora simulam. Eu acho que é do mau profissionalismo quando é assim, é o comportamento que se tem que não favorece nada o espetáculo e o espetáculo não é isto, no meu ver, o futebol que eu defendo — finalizou o técnico do Botafogo.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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